Não sei, francamente não sei, nem me ponho a garantir prognósticos porque nessas finas artes geralmente dou-me mal. Mas enfim, tenho cá uma impressão, uma impressãozinha, de que pegou de estaca aquela ideia segundo a qual são "sempre os mesmos" a pagar a crise, isto sobra sempre para os mexilhões do costume, "lá em cima" tudo se continua a safar à grande e à francesa e "cá em baixo" vamos de mal a pior e etc e tal e coiso.
Ele é o IRS e os deficientes, ele é a diminuição na comparticipação dos medicamentos, ele é os pensionistas a pagar impostos, ele é a certeza de que para termos uma reforma vamos ter de trabalhar mais recebendo em troca a magnífica recompensa de receber garantidamente menos - e ele são, qual tradicional cereja no topo do clássico bolo, aquelas inacreditáveis declarações de um "ajudante" qualquer culpando-nos a todos pela porcaria do "défice tarifário" da EDP ou lá como se chama aquela merda. Enfim.
O OE/2007 representa para o eng. Sócrates um novo ciclo? Não sei - nem faço cedências ao meu próprio
wishfull thinking (seja ele qual for, é uma coisa cá minha). O que sei é que já oiço algumas personalidades para-governamentais falar em "problemas de comunicação" e na "mensagem que não está a passar" e o blá-blá-blá do costume quando essa coisa chamada governação se torna complicada. Não costuma ser bom sinal.