Vou agora comunicar-vos uma novidade que vos fará rir (e que me fragilizará para todo o sempre). A novidade é esta (preparem-se, que isto é de perder o fôlego). Aí vai: fui polícia. É verdade: durante um ano fui polícia. Mais concretamente, polícia do Exército, no SMO. Sei de experiência o que foi o ridículo do treino de tiro que recebi - e, malfadadamente, mas sem entrar em pormenores, sei também das consequências trágicas que isso pode ter.
E portanto é com esta autoridade toda - relativizada, claro, ao facto de a minha polícia não ser equiparável às outras a sério, como a GNR ou a PSP ou a PJ- que comento os mais recentes casos da GNR. Entendamo-nos: evidentemente que um polícia deve ter direito de usar a arma, nomeadamente em legítima defesa para evitar perda de vidas humanas, por exemplo. Mas convém que só o faça quando tem treino para isso. Portanto, senhores polícias, peço-vos um favor: se não têm treino para disparar sobre alvos em movimentos (carros, sei lá) então não disparem, por mais que isso vos custe.