Glória Fácil...

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quarta-feira, novembro 29

de anónimo para anónimo

o vlx do mar salgado acha que eu sou um homem anónimo. parece que depois afinal descobriu que quando se clica no f. se descobrem novos mundos. fico feliz por ter, ao menos nisso, servido para o esclarecer em alguma coisa.

de resto, lamento ter de dizer-lhe, ou melhor, de lhe repetir, que segundo a legislação em vigor -- aconselho consulta -- basta um atestado médico para se abortar por violação e por risco para a saúde psíquica e física da mulher. para abortar por malformação é necessário o equivalente disso em versão colegial, ou seja, a opinião favorável de uma comissão criada nos hospitais para avaliar esse tipo de pedidos (os que dizem respeito aos chamdos 'problemas do feto').

e é preciso, claro, que a mulher em causa NÃO QUEIRA ter o bebé. que o rejeite.

o número de abortos legais, que anda nos mil e tal em 2005, é esmagadoramente constituído por abortos por causa fetal. os tais que acontecem geralmente a partir das 16 semanas até às 24, após exames como a amniocentese terem permitido diagnosticar os tais problemas. se dividir o número pelos dias do ano, concluirá facilmente que se faz mais de um aborto desses por dia.

naturalmente, caro vlx, não vou sequer elaborar sobre isso a que dá o nome de 'abortar porque apetece'. a grosseria da ideia é tal que não me apetece colocar-me a esse nível.

adenda:
só para sua reflexão, caso seja possível, aconselho-o a pensar por que motivo considera excepcionalmente justificada a interrupção de uma gravidez de um feto com trissomia 21 (mongolóide), ou anão, ou hemofílico (três causas aceites em vários hospitais/comissões como de aborto legal). se lhe apetecer, claro
|| f., 15:45

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