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segunda-feira, novembro 27

O tempo dos ratos

"Mas sei o que é o 'realismo' tradicional americano dos últimos anos: lidar com ditadores, apoiar ditadores, comprar ditadores e depois acordar com o 11 de Setembro em casa."
João Pereira Coutinho, ontem (26 de Novembro), no DN

Ou, por outras palavras: os americanos deitaram-se na cama que fizeram. Se bem me lembro, quem dissesse uma coisa destas no pós 11 de Setembro era logo acusado, no mínimo, de ser "amigo dos terroristas", um Bin Laden infiltrado na permeável sociedade ocidental, uma porcaria de pessoa, um nojo, um vómito, etc, etc, etc. E quem acusava era gente da laia deste Pereira Coutinho. Que hoje diz o que diz. O tempo é dos ratos.

No ratos pontifica, em lugar de destaque, um senhor que dá pelo nome de João Carlos Espada. Ontem, também no DN, disse (não há link): "As ameaças que enfrentamos requerem acordos de fundo, não frivolidades ideológicas." "Acordos de fundo"? Agora? Por onde andava o sr. Espada quando, por causa do Iraque, uns "amigos dos terroristas", como eu, falavam precisamente na necessidade desses "acordos de fundo", sublinhavam a necessidade de não se ignorar a ONU, denunciavam o erro que os EUA cometeriam avançando unilateralmente, sem legitimidade internacional nem apoio de (quase) ninguém? Aos ratos é perda de tempo oferecer memória. Dizem que é do queijo mas não me parece. É da coluna vertebral.
|| JPH, 14:15

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