Deus nos valha mesmoJá que a laicidade constitucionalmente proclamada do Estado é uma graça, quem pode surpreender-se com o facto de o director-geral dos impostos mandar rezar uma missa de acção de graças e convocar os seus funcionários para a mesma? Ninguém, e muito menos o ministro da tutela, que invoca tradição semelhante na Direcção Geral de Alfândegas. Já que está com a mão na massa (literalmente) Teixeira dos Santos podia decretar que os euros passassem a dizer, como os dólares, “confiamos em Deus”. E mandar ele próprio rezar umas missas contra o défice. Não vá o diabo tecê-las.
(texto publicado no contra os canhões de hoje, no dn, e sem linque -- para não variar)