No tempo em que a blogosfera discutia o Iraque, os que estavam contra a invasão levavam sempre com a mesma acusação, cada vez que havia um ataque terrorista: éramos amigos dos terroristas, os mortos não nos faziam diferença, celebrávamos até. O que nos interessava, diziam os falcões, era o quanto pior melhor. E assim era explicitada uma aliança objectiva entre os que se opunham à invasão e os terroristas.
Isso era assim nesse tempo. Voltará a ser, sempre que o extremismo islâmico atacar. A argumentação não é séria, visa apenas condicionar a discussão e só tem um nome: terrorismo verbal.
Terrorismo verbal seria agora, por exemplo, dizer que os que se opõem a Zapatero celebram secretamente o atentado da ETA em Madrid. Que uns e outros - os anti-Zapatero e os da ETA - são, na verdade, aliados objectivos. Nas voltas que tenho dado pela blogosfera ainda não me dei conta que o argumento tenha surgido. Se surgir - não partilho. Evidentemente.