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dra isilda pegado, da federação portuguesa 'pela vida', está muito enervada com o facto de o quadro legal proposto pelo ps para a despenalização do aborto até às dez semanas por opção da mulher em estabelecimento legalmente autorizado instituir que o aborto seja permitido até às 10 semanas por opção da mulher em estabelecimento legalmente autorizado. mais: a dra isilda pegado considera que quem defendeu, na campanha para o referendo, a despenalização do aborto até às dez semanas por opção da mulher em estabelecimento legalmente autorizado, não pode estar agora a querer possibilitar a realização legal de abortos às dez semanas por opção da mulher em estabelecimento legalmente autorizado.
andaram a mentir aos portugueses, conclui a dra isilda pegado, pesarosa e incrédula. coitada da dra isilda. logo ela, que andou aos quatro ventos, mais o resto da malta do NÃO, a bradar toda a campanha que o que estava em causa no referendo era 'o aborto porque a mulher lhe apetece', enquanto, no seu íntimo, estava convencida que o que se propunha era pôr as mulheres a explicar-se perante uma comissão inteirinha de 'especialistas', a pedir licença e a serem activamente dissuadidas. logo ela, que com o resto da malta do NÃO, manifestou sempre a sua preocupação com a exiguidade do prazo de dez semanas, asseverando que 'nenhuma das mulheres julgadas por aborto abortara até às dez semanas' (por acaso uma pequeníssima e irrelevante falsidadezinha, mas também, campanha é campanha, não é? -- e mentir só mentem os outros, os maus, os da 'cultura da morte') e que 'a maioria das mulheres só descobre que está grávida depois das 8 semanas', queria agora um prazo de reflexão maior que os 3 dias propostos.
não desista, não, dra isilda. continue a lutar pelo BEM e pela VIDA, os tais das maiúsculas, com todas, mas mesmo todas, as armas ao seu alcance, incluindo a VERDADE. que, como se sabe, é coisa tão distinta da verdade como o BEM do bem e a VIDA da vida.