hoje, ao ver as imagens do parlamento mexicano no momento da aprovação da lei que permite a interrupção da gravidez até às 12 semanas, lembrei-me do título de um livro de john reed que li na adolescência.
houve, claro, as ameaças de excomunhão do costume e até, no caso, a advertência do papa ratzinger. mas a lei passou. eram, dizia-se, 2000 mulheres mortas por ano à conta de abortos clandestinos. o méxico é grande e a lei, parece, só irá por agora ter efeito na capital, pelo que muitos abortos clandestinos e mortais poderão continuar a ocorrer. mas é, naquele que é considerado -- ouvi dizer -- o segundo maior país católico do mundo, no coração da américa latina, uma vitória da civilização contra a barbárie fundamentalista, uma magnífica insurreição. viva méxico.