a paula sousa nunes sobre a morte de dua khalil aswad, em mail para o glória:
'Como podem os deuses levantar-se quando são os homens, que os criaram, que lhes apedrejam as filhas até à morte?
Uma barbaridade, descrita em três ou quatro linhas de horror, e remetida para uma página secundária, empurrada pela sofreguidão e perversidade mediática que rodeia o desaparecimento de uma criança inglesa de férias. A morte por lapidação, para além da sua intolerável e incompreensível crueldade, é uma persistência paleolítica que nos devolve ainda mais atrás, à mais absoluta negação da nossa humanidade. Uma rapariga de 17 anos que é assassinada desta forma abominável pelos familiares, vizinhos, conterrâneos, em nome dos costumes e das convicções de uma comunidade, não é um crime longínquo, remetido ao atraso cultural ou ao caos da guerra. É uma violação colectiva. Quando li a notícia, cada palavra era uma pedrada. Por mim, pelos meus dezassete anos, pelos dezassete anos das minhas filhas, das primas e das amigas, das tias e das avós. Uma saraivada de pedras a todas nós, que temos a sorte de apenas sermos ridículas e tontas, histérias às vezes, e os nossos homens serem tão tolerantes e compadecidos com esta nossa atávica leviandade. Ser mulher no ocidente é um deslize, uma limitação. Ser mulher, noutras partes, é um crime punido com a morte mais atroz.
Que sina.'
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