elogiei a laura e a
a laura reagiu.
com um bocadinho de modéstia a mais -- que por acaso, na minha imodesta opinião, não lhe vai bem ao parecer, tanto quanto me parece -- e invocando uma ideia de que eu, ou o facto de a ter elogiado, seria a refutação: a de que as mulheres são incapazes de reconhecer qualidades umas às outras. se eu quisesse ser mesmo muito provocadora e evidenciar as tais trincheiras ou pelo menos o ameaço delas (e deixar os insurgentes a espumar ou às golfadas de perdigotos raivosos ou lá o que é que, coitados, lhes ocorre quando se cruzam com uma palavra minha), começaria por dizer que esta ideia tem o seu quê de homofóbica. mas eu não quero. pelo que me limitarei a dizer que é uma ideia que sempre me deixou perplexa. sabe porquê, laura? porque eu gosto de mulheres. e gosto tanto mais quanto melhores -- mais inteligentes, mais interessantes, mais divertidas, mais engraçadas, mais sedutoras, mais atraentes, em suma -- forem. tal qual como com os homens. tal qual.
nos blogues, gosto de quem escreve bem. se escrever coisas com as quais concordo, melhor. se não, paciência. não faço questão de concordar com toda a gente (nota-se, certo?). na verdade, gosto da discordância. de paixões, incluindo as contrárias.
se o meu elogio a surpreendeu, foi porque a laura se surpreende por ser elogiada, ou porque jamais esperou que eu ou alguém como eu a pudesse elogiar/apreciar? e, a ser assim, será que não é a inversa que é verdadeira?
e não era mesmo para agradecer.