Em tempos, há muitas, muitas décadas, cobri para o DN uma Presidência Aberta de Soares exclusivamente dedicada ao Ambiente. 18-dias-18 pelo país "offroad" conhecendo os mais diversos problemas ecológico. De Norte a Sul, num programa maluco à Soares com 300 paragens por dia em todas as estações e apeadeiros e, inclusivamente, um saltinho de três dias aos Açores. Desses dias recordo as queixas angustiadas de criadores de ovelhas e de cabras da zona do Tejo internacional (Beira Interior) com os ecologistas fundamentalistas que insistiam em proteger imenso as raposas e lobos da zona - que por sua vez se alimentavam do ganha pão dos tais criadores (e respectivos pastores). A comitiva estava toda - a começar pelos jornalistas - imbuída dos melhores sentimentos ecológicos e nesse momento percebemos, muitos de nós, que nem tanto ao mar nem tanto à terra. Quando sei que uma
cambada de imbecis destruiram hoje uma plantação de milho transgénico em Silves, a minha tendência imediata é para pensamentos suaves. Do género:
- Puta qu'os pariu!
E espero bem que aqueles meninos e meninas sejam todos devidamente identificados e devidamente julgados e devidamente punidos, de forma exemplar e tudo, o que até poderia passar por pô-los lá naquela propriedade a replantar tudo o que destruiram, de sol a sol, de preferência vigiados de muito perto guardas prisionais discretamente armados de "shot guns". O ecoterrorismo chegou a Portugal e é melhor que o mundo saiba que cá não irá longe.
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