Digam-me lá: não é possível que o discurso anti-corrupção de João Cravinho,
pela forma como é exposto - e ao qual se
associou o anti-populista-mor do Reino, José Pacheco Pereira - não transporte consigo uma enorme carga de populismo justicialista?
Quer dizer: quando a mensagem de Cravinho consiste, no essencial, em dizer: eu sou contra a corrupção, luto contra a corrupção, e quem não o fizer como eu faço é corrupto ou pelo menos "consente" a corrupção - isso, pergunto eu, não é populismo justicialista igualzinho ao de Paulo Portas nos
early years de
O Independente?
Será que todos os
Falcone deste país admitem, pelo menos em tese, a ideia de que são possíveis vários combates à corrupção e não necessariamente aquele, exclusivo, que eles defendem?