Uma pessoa como "o" Pacheco, tal como "o" aprendi a ler, a conhecer, dificilmente teria "existência" hoje, num mundo como este.
Um mundo em que dificilmente seria autorizado pelos seguranças fardados a ultrapassar a recepção da redacção de um jornal para ir lá dentro cobrar "impostos culturais" ou "cravar" dinheiro aos amigos como acontecia nos anos 60 ou 70.
Um "mundo" em que o ex-patrão da TVI, Paes do Amaral, tenta monopolizar a edição em Portugal.
É bom que se saiba.
"O" Pacheco ajudou a revelar ao mundo Cesariny, Herberto, Natália, António Maria Lisboa na sua Contraponto, numa altura em que os intelectuais se juntavam no Café Gelo (que já não existe) ou em que o editor vendia por antecipação os livros aos potenciais leitores.
Sem grandes "massas" ou jogos de acções em empresas.