Einstein tinha um diário de viagens. Nele registou as impressões de um dia passado em Lisboa, a 11 de Março de 1925.
"Dá uma impressão maltrapilha, mas simpática. A vida parece transcorrer confortável, bonacheirona, sem pressa ou mesmo objectivo ou consciência. Por toda a parte temos consciência da cultura antiga. Graciosa. Vendedora de peixes fotografada com uma bandeja de peixe na cabeça, gesto orgulhoso, maroto."
A ASAE já acabou, acho, com as peixeiras do Cais do Sodré, mas a frase é tão ternurenta… E Lisboa, à parte das peixeiras, continua assim. O O’Neill diria o mesmo de Portugal!
Todos os três dissimulam sua proximidade: um se vale de nossa miséria psicológica, outro de nossa miséria social, e outro da nossa miséria emocional.
Estes três estão nos símbolos do submundo da religião, e os “espertos” do mundo tecem profundamente tremendo arrasto conhecendo muito bem o descuido e a fraqueza que temos com a candura dos olhinhos que eles têm.
Numa geração que com muita sorte viermos despontar ficaremos abismados quando virmos como éramos engambelados e escravizados. Sentiremos vergonha, muita vergonha, e isso nos fará não esquecermos nunca do que vivemos.
Tomara, tomara que tenhamos chance.
Haddammann Veron Sinn-Klyss