O ministro Rui Pereira (sim, ele mesmo, posso confirmar) reagiu com grande nervosismo a
este post da Dina Soares (ver a respectiva caixa de comentários). De certa forma até lhe compreendo o nervosismo (embora, evidentemente, não sejam aceitáveis faltas de educação): a
criminalidade violenta disparou em 2008 e, porventura até mais grave do que isso, para a posição dele, o número dois do PS, António Costa,
começou a tirar-lhe o tapete.
É portanto natural, dizia eu, que o ministro queira aparentar alguma proximidade em relação ao primeiro-ministro. Eu sei que, nesta fase do campeonato, era preciso provar-se que Rui Pereira tinha sido o autor pessoal do genocídio do Ruanda para ser remodelado. Sócrates ouve falar em remodelações e das duas, três: ou puxa de uma pistola; ou atira o telemóvel pela janela do seu gabinete; ou parte uma qualquer saladeira da Vista Alegre que tenha mais à mão - ou ao pé - de semear.
Mas agora pergunto: e na próxima legislatura? Será que as solidariedades (por acção ou omissão) do
avental, com que tem contado, serão suficientes para o aguentar? Cá estaremos para ver. Sentados.