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quinta-feira, dezembro 11

"The Literal Left"

Nuno Mota Pinto pega num artigo de Christopher Hitchens na Slate, intitulado "The Literal Left", para dizer que "a maior" das "falácias" dos opositores da intervenção no Iraque "é a interpretação literal que fazem e fizeram dos argumentos dos defensores da guerra". Eles "agarram-se estática e desesperadamente à letra de algumas declarações" e esquecem tudo o resto: "A libertação de um povo oprimido, a possibilidade de criação de um verdadeiro Estado de Direito, a redução da ameaça que o final dos comércios e contactos encobertos entre Saddam, a Coreia do Norte e Bin Laden", etc.

Perante isto talvez seja importante dizer que, nas democracias, o valor da palavra é um dado absolutamente central na relação dos cidadãos com o poder.

Se me dizem que um país foi invadido porque tinha armas de destruição massiva, eu sou obrigado a levar esse argumento em conta. Se afinal essas armas não aparecem eu chego à conclusão que fui enganado - e que a invasão assentou numa mentira.

Os argumentos usados pelos políticos devem ser escrutinados à letra. Se não querem que isso aconteça não os usem - inventem outros. Agora não me venham dizer que afinal o que foi dito não era para ser levado à letra. Era. E os defensores daquela invasão que arranjem outros argumentos para continuar a defendê-la. Ou então que assumam uma evidência: enganaram-se.
|| JPH, 15:31

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