Quem acompanha o Glória Fácil sabe que aqui não costumo alinhar no exercício, algo fútil, de, a propósito de tudo e de nada, defender a demissão do ministro A, B ou C.
A indignação é um direito que se deve exercer com parcimónia. Não convém desbaratá-lo porque senão a certa altura ninguém o leva a sério. Enfim, a velha parábola de Pedro e do lobo.
No caso do tal famoso
comunicado, o sr. prof. Freitas do Amaral deu claros sinais de não ter ainda percebido em que país vive.Quanto ao conteúdo do comunicado revejo-me, por inteiro, no que aqui a f.
escreveu. Mas, tão importante (para mim) como o que o ministro disse é ainda o que ele
não disse. Passo a enumerar.
1. O sr. ministro esqueceu-se de criticar a violência absolutamente desproporcionada da reacção islâmica ao caso das caricaturas.
2. Particularmente grave num MNE é o facto de o sr. prof. Freitas do Amaral se ter esquecido de referir que a violência da reacção islâmica dos incêndios de várias embaixadas europeias em vários países do Médio Oriente. Ataques a embaixadas são ataques à integridade territorial dos países que representam.
3. O sr. ministro esqueceu-se de dizer que proibições como as de retratar figuras religiosas só vinculam os crentes e mais ninguém. Eu, que não sou crente e vivo num Estado laico, não estou vinculado a essas proibições.
4. O sr. ministro esqueceu-se de dizer que quem vigia a violação (ou não) dos limites da liberdade de expressão não são os Governos - são os tribunais.
5. O sr. ministro esqueceu-se de dizer que, no "Ocidente", onde vigora o princípio democrático, as manifestações de indignação são permitidas - mas só no quadro da lei. E as lei proibem incitamentos à morte (pior ainda: ao terrorismo) como aconteceu nalgumas manifestações em cidades europeias, nomeadamente em Londres.
Sendo ministro de Portugal - recordo: um Estado laico - o sr. ministro falou como se fosse um qualquer prefeito da Congregação da Fé. Por muito menos do que isto se demitiu em tempos um senhor chamado Sousa Lara. Na minha modestíssima opinião o sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, prof. dr. Diogo Freitas do Amaral, deixou de ter lugar no Governo de Portugal.
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