ai. estes rapazes do blasfémias não me dão sossego. escrevo um post dirigido à helena matos e
zás, tungas, salta logo um deles. é escravatura, é capitalismo selvagem, é sindicatos, é aulas de economia e, agora, a baixa, também.
(suspiro)
pronto, jcd, vamos a isto. primeiro: é mesmo plano de desertificação da baixa que quer chamar às ideias da maria josé nogueira pinto, ou foi lapso? either way, tem graça.
de seguida: sabe quantos lugares há nos parques todos que enumerei? é que eu, como fiz questão de frisar, não sei, como não sei -- o jcd sabe? -- qual a respectiva taxa de ocupação. sem esses dados, é abusivo,no mínimo (eu diria mesmo pouco racional) estar a bramar pela construção de mais parques -- contra a qual eu não sou por princípio, mas por precaução.
ou seja, para resumir:
a helena queixa-se e
eu também dos carros no passeio, dos eléctricos empancados por causa do estacionamento selvagem, e da dificuldade de encontrar um lugar (à superfície e perto de casa, para os moradores ou para os visitantes dos moradores). é claro que é preciso solucionar isso, como é preciso encontrar soluções para o parqueamento dos moradores, entre os quais, como já referi, me incluo. mas não é possível averiguar da bondade de qualquer solução antes de se fazer uma coisa muito simples: obrigar todos os donos dos carros que entopem os passeios a tirá-los de lá e ver como se porta o estacionamento com uma fiscalização eficaz. isto porque, e basta pensar nas vossas tão queridas leis da oferta e da procura, se as pessoas que se habituaram a estacionar ilegalmente sem pagar um tostão passassem a ter como certo um bloqueio do veículo mais respectiva multa, das duas uma: ou não traziam o carro para a baixa ou colocavam-no num parque de estacionamento. porque, caro jcd, muita gente traz o carro não porque tenha de o trazer mas porque lhe apetece trazê-lo.
nada disto tem a ver com ir a restaurantes ou a bares -- o estacionamento nocturno na baixa não é nem por sombras tão problemático como o diurno, a não ser que esteja a referir-se apenas à zona do bairro alto. mas aí, meu caro, a solução não se chama navette, chama-se táxi. é de táxi que anda toda a gente na maioria das cidades que referiu e nas outras que não referiu. a ideia de levar carro para a porta dos restaurantes e dos bares é aliás um pouco peregrina -- e no caso do bairro alto acabou sem grandes estertores.
fico à espera dos números, como dizia o outro. para fazermos as contas e chegarmos a uma conclusão que não passe só por voluntarismos baseados em juízos de valor. pode ser que ainda ganhemos um prémiozito nobel, hum?