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segunda-feira, novembro 6

Causas pequeno-burguesas (III)

A discussão sobre este post tem sido interessante. Além das referências aqui indicadas, surgiram outras três: no Politics and Prose, no Vidro Duplo e no Womenage a Trois. Também recebemos correio.

Das leituras cruzadas, retive uma ideia consensual: a criação de creches nas empresas joga a favor da produtividade (e dizem-me até que há estudos que o comprovam, embora eu não os conheça, talvez estes senhores possam ajudar). Compensa portanto a despesa que implica a sua criação - coisa que só um empresariado muito analfabeto não entende.

Tudo o resto são questões de método. Discordo por exemplo da ideia segundo a qual o Estado não deveria obrigar as empresas a criar creches - antes as deveria incentivar, via benefícios fiscais. Os benefícios fiscais só funcionam onde há verdade fiscal. Não me parece que isso seja marca da generalidade das nossas empresas. Como muito positiva vi a sugestão de às creches serem acrescentados serviços ATL para crianças do 1º ciclo do ensino básico.

Eis então, em três pontos, o que um dia deveria ser consagrado, no meu modesto parecer:

1. As empresas são obrigadas a dispor de creches e ATL para os filhos dos seus empregados.

2. Os trabalhadores pagam por esse serviço de modo a que ele não dê prejuizo. A actualização das mensalidades será estabelecida em função das actualizações salariais.

3. A qualidade dos serviços é fiscalizada pelos serviços competentes do Estado.
|| JPH, 14:44

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