o josef enviou este mail para o glória, a propósito do
post anterior:
Também visitei a arrepiante exposição de instrumentos de tortura medievais, há alguns anos em Évora.
A (ilimitada) capacidade da mente humana para inventar formas infligir sofrimento ao seu semelhante estava ali bastante bem documentada e obrigava-nos a pensar - digo mais, obrigava-nos a pensar com o corpo todo. E a arrefecer um pouco de pavor.
O sofrimento humano revestiu-se de infinitas formas. E assim continua. Não consigo entender a função do sofrimento (consigo entender perfeitamente a função da morte: condição sine qua non da renovação da vida).
Muito desse sofrimento é criação humana. E custa engolir que (também) somos assim, capazes de infligir o mal, por vezes chamando-lhe até bem (justiça, guerra justa, salvação da alma, etc.) .
Josef