...para Ana Sá Lopes (asl), Nuno Simas (ns) e João Pedro Henriques (JPH). Sobre tudo.[Correio para gfacil@gmail.com]
sexta-feira, outubro 26
A diferença entre uma ditadura e uma democracia...
...vê-se também no trânsito: uma só comitiva, a de Vladimir Putin, causou dez vezes mais
complicações no trânsito, prejudicando milhares e milhares de pessoas, do que as dos 27 países membros da UE que reuniram em Lisboa na Cimeira Informal onde ficou acordado o Tratado Reformador.
(
Hoje o trajecto de Putin das Amoreiras até Mafra implicou o corte absoluto de todas as vias por onde passou - A5, CREL, A8, A21 - o que dá para aí 50 quilómetros de auto-estrada. E no regresso vai ser a mesma coisa. Acrescente-se a isto que o senhor resolveu ir dar à tarde uma voltinha no Parque das Nações.)A falta de respeito por quem se movimenta nas estradas - e por alguma razão o faz, por exemplo para trabalhar (isto é, produzir riqueza para o país) - ainda por cima por reverência a um ditador, demonstra bem a dimensão profundamente provinciana das "élites" que governam Portugal (e Sócrates não é muito diferente dos anteriores).
Isto para já não falar do facto de alguém ter considerado que uma reunião com o "imperial" Putin só podia decorrer no monumental Convento de Mafra.
Size matters? As opiniões dividem-se. O que me parece é que a grandeza histórica dos países não é bem um concurso de pilas. Digo eu, claro.
|| JPH, 11:32
|| link
|| (2) comments |
segunda-feira, outubro 22
Piadola ouvida por aí
- Então deste os 12 milhões ao teu filho?
- Opus dei, opus dei.
|| JPH, 21:10
|| link
|| (4) comments |
sábado, outubro 20
José Pacheco Pereira já produziu 27 posts intitulados "
A fuga em frente da Europa". Esperam os optimistas que ainda antes de 13 de Dezembro deste ano - dia agendado para a assinatura do Tratado Reformador - consiga dizer algo sobre, sei lá, o Tratado propriamente dito. A matéria da coisa. A substância. O conteúdo. Isso. Fuga em frente? Sim. Mas de quem?
|| JPH, 14:02
|| link
|| (1) comments |
A falácia
Sócrates e vários socialistas repetiram ontem vezes conta o mesmo argumento: ratificar o Tratado no Parlamento é tão legitimo, democraticamente, como ratificá-lo através de referendo popular. Falso, falso, falso - mil vezes falso.
As duas opções teriam legitimidade equivalente se o Parlamento tivesse mandato para ratificar o Tratado. Só que não tem. Muito pelo contrário: a esmagadora maioria dos deputados - começando pelos do PS e do PSD - foi eleita no compromisso de um referendo europeu. O Parlamento está comprometido com o referendo - não com a ratificação parlamentar.
É claro que, no campo da maioria PS, se dirá: o compromisso foi para referendar o Tratado Constitucional e não o Tratado Reformador. É o que vem lá escrito, no
programa do Governo: "
O Governo entende que é necessário reforçar a legitimação democrática do processo de construção europeia, pelo que defende que a aprovação e ratificação do Tratado [Constitucional] deva ser precedida de referendo popular.".
Mas atentemos na primeira parte da frase: o referendo é claramente apresentado como um modo de "
reforçar a legitimação democrática do processo de construção europeia". Reparem na expressão: "
Reforçar a legitimação". Ou seja: admissão total de que o referendo e ratificação parlamentar não são "
a mesma coisa" (como ontem Sócrates dizia).
E, já agora: Porque é o que o referendo vale como forma de "
reforçar a legitimação democrática" do Tratado Constitucional e já não vale tanto no Tratado Reformador?
E só mais uma coisita: porque é que no capítulo IV do programa do Governo ("Qualidade da democracia, cidadania, justiça e segurança") se diz que o "
aperfeiçoamento" da democracia "
implica um processo exigente de melhoria dos instrumentos de expressão e participação democráticas", sendo um desses intrumentos o "
alargamento do âmbito do referendo nacional"?
Qual o limite de promessas para um Governo não cumprir?
|| JPH, 11:19
|| link
|| (2) comments |
quarta-feira, outubro 17
Velha aliança
|| JPH, 14:34
|| link
|| (0) comments |
terça-feira, outubro 16
Who cares?
Confirma-se: quando se trata de capital privado, toda a incompetência nepotista merece um encolher de ombros. A teologia liberal da indiferença e da resignação aqui [http://ablasfemia.blogspot.com/2007/10/who-cares.html] magnificamente exposta por João Miranda.
|| JPH, 10:49
|| link
|| (0) comments |
segunda-feira, outubro 15
O regresso do "Menino Guerreiro"
É o regresso do "Menino Guerreiro",
lembram-se?Pedro Santana Lopes vai ser líder parlamentar do PSD.
O dr. Menezes que ponha as barbas de molho...
Vai ser interessante ver a "compita" entre Menezes e Santana para ver quem é o verdadeiro líder da oposição!
PSL - Eu é que sou o chefe da oposição...
LFM - Não, não... É que sou o líder...
PSL - Pois, mas o chefe da oposição sou eu...
LFM - Não, sou eu...
PSL - Eu é que sou... Eu até estou no Parlamento... E já fui primeiro-ministro.
LFM - Mas eu é que fui eleito. Pronto!
|| portugalclassificado, 15:52
|| link
|| (0) comments |
domingo, outubro 14
Para Zita...
...a política fazia-se defendendo a baixa dos impostos, lutando por um referendo europeu, combatendo a regionalização. Isto foi ontem.
Hoje, para Zita, a política faz-se combatendo baixas dos impostos, esquecendo o referendo e apoiando a regionalização. Tem sido assim a política, para Zita.
|| JPH, 17:03
|| link
|| (0) comments |
Se calhar é bom sinal
A nova Comissão Política Nacional do PSD foi eleita com 474 votos favoráveis. E quase 300 (293) nulos ou brancos.
|| JPH, 16:55
|| link
|| (0) comments |
Santana, ele própro
Santana foi ao congresso e não falou. Isto depois de ter passado 15 dias a desafiar os criticos (Marcelo, Pacheco) a irem ao congresso e falarem.
|| JPH, 13:58
|| link
|| (0) comments |
terça-feira, outubro 9
Tipos bons cheios de defeitos que morrem
No outro dia (Fevereiro de 2005) foi o
José Saraiva. Agora foi o
Fausto. Há tipos bons cheios de defeitos, como as pessoas normais, tipos de quem nunca se poderia esperar que salvassem o mundo, que vão morrendo demasiado cedo. Logo eles, que nunca tiveram pressa. Num mundo com demasiados candidatos ao martírio, são estes que me fazem falta.
|| JPH, 23:13
|| link
|| (0) comments |
Rodrigues dos Santos
Quando um jornalista leva uma ruptura com o seu empregador ao ponto de afirmar publicamente que a respectiva administração é permeável a pressões políticas e que as reencaminha para baixo, eu fico, evidentemente, com vontade de saber tudo. Peço, como toda a gente - e agora desculpem-me o lugar-comum - que tudo seja esclarecido até às últimas consequências por alguém independente, ainda por cima porque aquela televisão é paga (também) com o meu dinheiro.
Mas nesta história do José Rodrigues dos Santos há algo que me confunde - e é o próprio Rodrigues dos Santos. Como é que ele aceita, depois das denúncias que fez e que o levaram a demitir-se da direcção de informação, como é que ele aceita, dizia eu, voltar a ser pivot do principal noticiário da RTP. E, ainda por cima, fazendo questão de não o editar, ou seja, operando apenas como simples papagaio de notícias selecionadas e preparadas por outros? Não entendo. E não entendo porque na escolas de jornalismo televisivo que Rodrigues dos Santos reclama como sendo as suas - a americana e a inglesa - isto não acontece. Para mártires não tenho pachorra.
Isto, é claro, fragilizou-lhe a credibilidade para agora voltar à carga. Mais grave só mesmo o facto de
o processo interno já anunciado - e cuja condução, tudo o indica, será tudo menos independente - ter apenas fins punitivos (por mais que queiram dizer que não os tem). Isto vai acabar em match nulo? Pois, parece. Em Portugal, não é nada costume, não é não senhor.
|| JPH, 21:21
|| link
|| (0) comments |
Adeus "Paulinho das feiras"
Paulo Portas, líder do CDS, ganhou hoje a noite por ter tido honras de frente-a-frente com o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, na RTP, no programa “Prós e Contras”. [Enfim… o PSD só “regressa” depois do congresso].
Hoje, o “Paulinho das Feiras” “morreu” em directo na TV. Adeus lavoura, adeus agricultores, adeus apanha do tomate com boné de marca para televisão ver.
Agora, o que interessa é a segurança, uma política securitária.
Paulo Portas deve ter a percepção de que precisa de ganhar votos (e como precisa), de crescer eleitoralmente nos centros urbanos. Ele já o tinha dito na campanha interna; hoje à noite foi a comprovação prática disso mesmo, dessa mudança de agulha.
O problema é mesmo encontrar um registo para o discurso político - sério, não xenófobo. É tão fácil atravessar a fronteira do populismo. Ainda mais agora, tendo Menezes à cabeça do PSD.
Post Scriptum: Portas admitiu hoje publicamente, pela primeira vez, que quis ser ministro da Administração Interna… Durão Barroso é que não foi na conversa no Governo PSD/CDS. Mas isso Durão ainda não disse… publicamente.
|| portugalclassificado, 02:27
|| link
|| (0) comments |
domingo, outubro 7
Com a devida vénia...
...óbvio acordo, cito aqui, a propósito desta disparata capa da Atlântico, o Pedro Sales: "
O que choca na capa não é a desmontagem da iconografia mítica de Che Guevara, perante a qual não poderia ficar mais indiferente, mas a bonomia com que se desvaloriza e relativiza a figura de Hitler."
E acrescento: há uma certa esquerda que ainda não sabe como viver com a evidência de que cresceu historicamente assente em pilhas e pilhas de cadáveres; e, simétrica a essa esquerda, também há uma certa direita, herdeira recauchutada (e não assumida) da direita autoritária, que não se cansa de tentar iludir que com ela se passou exactamente o mesmo. Os extremos tocam-se. Estão uns para os outros.
|| JPH, 16:34
|| link
|| (0) comments |
sábado, outubro 6
Corrupção e populismo
Digam-me lá: não é possível que o discurso anti-corrupção de João Cravinho,
pela forma como é exposto - e ao qual se
associou o anti-populista-mor do Reino, José Pacheco Pereira - não transporte consigo uma enorme carga de populismo justicialista?
Quer dizer: quando a mensagem de Cravinho consiste, no essencial, em dizer: eu sou contra a corrupção, luto contra a corrupção, e quem não o fizer como eu faço é corrupto ou pelo menos "consente" a corrupção - isso, pergunto eu, não é populismo justicialista igualzinho ao de Paulo Portas nos
early years de
O Independente?
Será que todos os
Falcone deste país admitem, pelo menos em tese, a ideia de que são possíveis vários combates à corrupção e não necessariamente aquele, exclusivo, que eles defendem?
|| JPH, 21:59
|| link
|| (0) comments |
Ponto da situação
Neste momento, a família decidiu cortar-lhe a mesada: sete milhões de dólares (mensais) a menos. Tem três ou quatro mulheres para sustentar, os filhos e dezenas de assalariados. Bin Laden, refugiado em Cartum, Sudão, não sabe muito bem o que fazer à sua vida. Bem escrita,
esta história. Muito bem, mesmo. Pena é já lhe conhecermos o fim.
|| JPH, 21:45
|| link
|| (0) comments |