...para Ana Sá Lopes (asl), Nuno Simas (ns) e João Pedro Henriques (JPH). Sobre tudo.[Correio para gfacil@gmail.com]
sábado, julho 31
Uma música pirosa para o Verão
Em Vilar de Mouros, pensei que podia ser "A Carta", dos Toranja. É uma boa música pirosa. Mas não: esta do último álbum de Adriana Calcanhotto é uma delicodelícia. Eu gosto mais da parte "Piu-Piu sem Frajola". É melhor ouvir que ler:
Fico assim sem você
Abdullah / Cacá Moraes
Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola,
Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim sem você
Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
vão poder falar por mim
Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço,
Namoro sem abraço
Sou eu assim sem você
Tô louco pra te ver chegar
Tô louco pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas
Pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?
Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você
Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
vão poder falar por mim
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê?
|| asl, 23:42
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"Cosmopolitan"
Passei os olhos pela "Cosmopolitan". A "Cosmopolitan" é filha da revolução sexual nascida nos Estados Unidos. Aqui em Portugal apareceu no início de 90 para, entre outras coisas que haveriam de tornar as mulheres mais felizes, falar de sexo sem "tabus" (Já havia a "Maria", mas para outro universo).
A "Cosmopolitan" teve sucesso - pelo menos não fechou - e continua a elucidar as portuguesas sobre os mistérios que editorialmente privilegia. Eu desconhecia (mas fiquei a saber) que as mulheres sexualmente mais libertadas eram as australianas, as húngaras e as israelitas. Para lá das francesas, claro.
Agora, neste número de Agosto, a revista filha da revolução sexual popular ensina:
- A maioria dos homens gosta que as mulheres os façam sofrer
- Segundo o especialista em sexologia Michael Gurie, "se a mulher for logo para a cama, será difícil para o homem não pensar que ela tem por hábito fazer isso com todos aqueles que lhe aparecem à frente"
- Apesar de ser uma "decisão puramente individual", a mulher deve fazer o homem esperar, "regra geral, durante quatro a oito encontros".
A revolução sexual seguiu o caminho de algumas outras: colidiu com o princípio da realidade. E agora que as mães "soixant-huitard" se recusam a ensinar estas coisas às filhas, elas, que remédio, têm que ir ler a "Cosmopolitan"
|| asl, 21:20
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Ainda Paris
O
Filipe Moura acredita que se eu tivesse passado do Quartier Latin tinha gostado de Paris... Mas eu passei e olha que não. Também estava muito frio e deve ter sido isso. Sobre a idade das Vanessas: aquela nasceu em 1960, tem 44 anos nesta altura. As Vanessas, em geral, eu vejo-as com mais de trinta.
|| asl, 21:16
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Errata
F.F. telefonou-me, a acusar um erro: afinal, quem se enganou nos cafés e tramou (ainda mais) aquele desencontro fui eu. Os cafés existem - ou existiam quando F.F. em Paris parou - e são o Mona Lisa e o Gioconda. Confundi um dos lugares e chamei-lhe Leonardo da Vinci. A história era mais gira se não me tivesse eu perdido, quem me manda andar a escrever as histórias dos outros.
|| asl, 21:10
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sexta-feira, julho 30
Boa tarde. O blog encontra-se em serviços mínimos. Por agora.
|| Anônimo, 19:45
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Um livro laranja, já!
Há um ano, com meio país a arder, o Governo de Durão decidiu que se fizesse um livro azul sobre os incêndios.
Passado um ano, e com menos um bocadinho de verde em Portugal, o Governo de Santana reuniu-se no Porto e decidiu... fazer um inventário, envolvendo vários ministérios para avaliar os danos causados pelos incêndios.
O poder é assim. Parece que Santana foi imitar os Governos de Guterres, que lançavam livros brancos por tudo e por nada. Os do PS eram brancos, os do PSD/CDS são azuis.
|| portugalclassificado, 19:13
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Madonna? Nem que me ofereçam o bilhete
Anda meio país meio louco nas filas da FNAC a comprar bilhetes para o concerto da Madonna em Setembro.
Gente e mais gente que vai acotovelar-se no Pavilhão Atlântico, na Parque Expo, para ver o espectáculo de alguém que, diz quem a já viu «ao vivo», canta mal; e desafina; que tem canções a puxar ao sentimento (barato); um popezinho pífio e sem graça...
A mim é que não me apanham lá! Nem que me ofereçam o bilhete.
Pronto. Agora podem começar a
insultar-me! !
Venham de lá esses mails! ! O endereço está aqui ao lado. É só clickar! ! ! !
|| portugalclassificado, 18:51
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quinta-feira, julho 29
Obrigada mesmo
Agradecimentos muito especiais à
Cristina, ao
Miguel e à
Inês por me terem ajudado a fazer os links.
|| Anônimo, 22:59
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IUPI!!!
Consegui. Já a seguir os agradecimentos
|| Anônimo, 22:52
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seca
Olga Mesa no Citemor. Hedningarna em Sendim.
E eu terei de ficar em Lisboa...
|| Anônimo, 16:49
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SOS
Algum perito neste novo figurino do blogger poderá dar-me indicações sobre como fazer links? Please...
|| Anônimo, 16:31
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"Questões de Glória Fácil"
O
Filipe Moura tem uma excelente memória. Quanto à primeira pergunta, a resposta é sim. E continuo a teimar no mesmo. Poderá ser absurdo, mas o que não o é neste dias?
|| Anônimo, 16:09
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quarta-feira, julho 28
Mona Lisa
Encontraram-se no Norte de Itália num Verão tão estúpido como este e julgaram ter-se apaixonado. Não perguntaram os nomes nem de onde eram, para evitar que o encontro transbordasse do Verão. A paixão de risco, a devastadora, só aparece no Inverno e isso não era (acharam por mútuo consentimento silencioso) o que lhes estava destinado.
Um deles descaiu-se, um sotaque, uma referência escusada, e descobriram ser ambos de Paris. A descoberta inadvertida começou a dar-lhes ideias. Talvez, eventualmente, quem sabe se calhar um "futuro", o temível "futuro" dos amantes. Ela imaginou-se a amá-lo lá no sótão do Quartier Latin (as histórias de Paris metem sempre águas-furtadas), ele a despachar a mulher e os cinco filhos e metade do ordenado para outro "arrondissement".
Decidiram dar 15 dias ao acaso daquele amor, ou lá o que era. A isto chama-se hoje "dar um tempo", mas F.F. não me situou na época histórica em que ocorreram os factos que descrevo. Combinaram um encontro (o peso desta palavra em português merecia atenção académica). No café Mona Lisa.
Na mesma rua, fica o café Leonardo da Vinci.
O final era o que tinha que ser: um foi para o café Mona Lisa, outro para o Leonardo da Vinci.
Nunca se reencontraram e foram incrivelmente felizes. O desejo de F.F. é que, naquele momento, por um lapso, eles se tenham perdido para sempre. Não devo pôr em causa o verdadeiro autor desta história (eu sou copista), mas tendo em conta que bastava tirar qualquer coisa da cabeça para perceber o engano, acho-me perfeitamente convencida que isto foi tudo de propósito. E terá sido melhor assim.
|| asl, 23:03
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Teremos sempre Paris
Para mim Paris é um contra-torpedeiro gelado, os Champs Elysées uma alameda penosa e há ruas a mais. O meu Paris é reduzido: uns croissants, o vinho e a comida na protecção do ar condicionado das "brasseries". Sim, há harmonia no Quartier Latin, mas eu não era capaz de escrever sobre Paris e muito menos "meter" uma história de amor ou desencontro em Paris. O meu Paris é uma tragicomédia com frio a mais. O meu Paris é o dos Três Mosqueteiros e o do Noventa e Três, no papel e bastava. Fui a Paris quando não devia ter ido a Paris e não penso voltar. Paris fica a milhas da delicadeza de Estrasburgo e o cenário mais amoroso que eu conheço é o da ilha Terceira (e o do Faial). Por este intróito percebe-se que a história não é minha, é do F.F.
- E o que faço eu a esta história?
- O que quiseres.
- Então meto-a no blogue.
(Um blogue também serve de armazém de recados ou memórias ou divertimentos)
- Mas a história é verdadeira?
- Posso-a ter inventado agora.
F.F. sempre gostou de falar com uns mistérios, as mulheres acham-lhe graça. (Desde Bogart que ficou escrito que seria assim)
Oh, este post já está longo. É uma responsabilidade escrever uma história que não é minha. Vou fumar outro cigarro.
|| asl, 22:40
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F.F. telefonou
F.F. telefonou. F.F. não costuma telefonar. Achei que F.F. queria saber da minha saúde ou, em alternativa, um número de telefone ou uma informação ou qualquer coisa assim. Mas F.F. queria falar de blogs. F.F. queria contar uma história. Devia tê-lo mandado escrever, porque ele escreve melhor do que eu. Mas ele nem sequer tem blog - é um blogomaníaco passivo. E eu vou escrever a história dele, porque talvez seja mesmo isso que me apeteça agora, escrever as histórias que saiam da cabeça dos outros.
(Preciso de um cigarro, vou ao jardim e já volto)
|| asl, 22:26
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Tudo como dantes
OK, tá tudo bem, o Silvano já foi embora.
O
Luís regressou.
|| Anônimo, 21:43
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Maria José Maria José Maria José
Zé, ninguém se chama Maria José com 28 anos. Ninguém. Eu acho que Maria José tem sempre, no mínimo, 45 anos. Matilde, por exemplo, tem 10, 12 anos - ou 60. Purificação 80, Paula, 40. E acabaram as cristininhas, nisto tudo o que mais me dói é o fim das cristininhas.
|| asl, 21:32
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Já é a 3ª vez...
Primeiro, o zero por cento, depois um telefonema de um amigo-blogger-marreta que me conta que uma amiga dele, também blogger, julgava que eu tinha "uns 40 anos ou mais". "Porquê?", pergunto. "Não sei". Nem eu.
|| Anônimo, 20:43
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"Does your weblog own you?"
Fiz o teste. Deu zero. Sim, zero.
|| Anônimo, 20:33
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Blogless love
Lesses tu blogues e eu hoje cumpria a obscura fantasia de postar às cinco da manhã
|| asl, 19:56
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Dança de leques no Parlamento
O
António brinca com o leque que usei para tentar sobreviver na sauna em que se transformou o hemiciclo. Não era vermelho como o do Vicente Jorge Silva, nem preto como o do chefe de gabinete do primeiro-ministro, mas serviu para refrescar. Bem jeito nos deu, não foi Helena?
|| Anônimo, 14:57
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terça-feira, julho 27
Noites
As noites aqui são húmidas e desdobram-se em perfumes do fundo dos tempos, uma espécie de suave naftalina atmosférica, doce acalanto. Se as plantas de outrora também eram felizes, porque há-de ser a nostalgia uma prática tonta?
|| asl, 22:57
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Morgadinha II
Mail de António, do Viladeanteira, (
www.viladeanteira.blogspot.com) que não morre de amores pelo Glória.
Não morro de amores pelo Glória... Mas gostei do post sobre o Luís do Mal e agora acho piada ao post sobre a Morgadinha (tal como achei piada à referência de JPP). Já falei de Júlio Dinis no meu blogue várias vezes, e tal como a Ana também acho que ele é completamente injustiçado. O Eça tramou-o quando disse que "viveu de leve, escreveu de leve e morreu de leve". Sobre Júlio Dinis e a Morgadinha, António José Saraiva escreveu dois textos interessantes que se encontram em "Para a História da Cultura em Portugal", vol II - Parte I, Gradiva
|| asl, 22:51
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Morgadinha dos Canaviais
Nas férias esqueci-me do correio da Glória. Só hoje li dois mails de mais dois aficcionados da "Morgadinha dos Canaviais"
Escreve Carlos Ribeiro da Fonseca:
Também lamento o esquecimento a que Júlio Dinis foi votado. E, também eu, tenho uma especial ternura pela "Morgadinha", que foi um dos primeiros romances que li e a que volto de vez em quando. Mas de Júlio Dinis gosto de quase tudo. Quanto à preferência da escola por "Uma Família Inglesa", penso que há uma explicação que não implicaria menosprezo pela "Morgadinha". Se bem me lembro, a "Família" não era obrigatória no Liceu, mas no último ano do Curso Comercial. Isso teria a ver com o conteúdo do romance que, como estará lembrada, inclui na sua "trama", como pano de fundo, o negócio do Vinho do Porto, com as implicações de ordem comercial inerentes.
Frequentei os dois tipos de ensino, e foi esta a explicação que o meu professor de Português deu na altura, em respostaa uma pergunta minha. Já então, "Uma Família Inglesa" era a quarta obra de Júlio Dinis, na minha ordem de preferências.
Carlos, eu estudei a "Família" no liceu, mas essas coisas, penso, variavam de ano para ano... Obrigada e um abraço
|| asl, 22:41
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Natureza do Mal
|| Anônimo, 22:22
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segunda-feira, julho 26
Por fim e nunca
Trocavam mails sobre livros e coisas assim. O que liam nos jornais, uma outra notícia, um ou outro 'fait-divers'. As cidades distantes. Um deles lembrou-se que sim, podia ser giro: gostava de ver a tua cara. O outro respondeu: e é preciso? Depois, repetiram o diálogo, alternando as vozes.
Ela disse-lhe: em Belém, junto ao rio.
Ele disse que sim e foi parar à Expo.
Ela enterneceu-se por ele ser um despistado (a única coisa útil dos despistados).
Nunca se conheceram e foram muito felizes
|| asl, 23:08
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Caixotes
Mudei de casa. O José Eduardo Agualusa escreveu uma vez uma crónica muito bonita sobre os "sortilégios" do momento em que olhamos a nossa vida encaixotada e agora que precisava dela não a encontro: estará algures num caixote, cumprindo quase uma função metalinguística. Eu cá gosto desta excitação infantil de desarrumar a vida: agora é que sim, neste escritoriozinho bonitinho, é que vou escrever bons posts. Não sei dos livros que andava a ler mas não me importo. Ao abrir um caixote ao acaso, sai Villa-Matas e Italo Calvino: se em Villa-Matas e Italo Calvino estão todos os livros do mundo, então talvez o acaso dos caixotes mereça uma explicação paranormal.
|| asl, 23:01
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Prazos e desperdícios (para a Sofia)
Houve um queijo fresco Matinal que não resistiu às minhas férias: um queijo, dois iogurtes, um leite com chocolate, um líder da oposição, um representante português na Unesco. O prazo de todos tinha passado (e a minha cabeça noutro lado). Avaliei o desperdício e prometi - ao frigorífico - cuidados.
Não consigo linkar. A Sofia é a da Natureza do Mal.
|| asl, 22:41
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Blogless love II
Um dia libertar-me-ei do blogless love. Afinal, não me lê - suma traição
|| asl, 22:38
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Blogless love
Lesses tu blogs e eu, por estes dias, teria ido parar a um cyber-café
|| asl, 22:36
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Um post pós-fim-de-semana II
Nobre Guedes. Ainda a polémica em torno das relações do novo ministro do Ambiente com empresas do sector. O ministro Luís Nobre Guedes diz que renunciou aos cargos que tinha em duas empresas da área no dia em que pôs o pé dentro do Governo. Pois! Era esta a resposta que Paulo Portas dizia, citando o povo, que iria deixar os portugueses de «cara à banda»? Se é, tem piada.
Facto: se Luís Nobre Guedes não renunciasse aos cargos, não podia ser ministro. É o que diz a lei...
Pacheco Pereira. No programa Quadratura do Círculo, da SIC-Notícias, José Magalhães quase não precisava de falar. Pacheco Pereira fez as despesas da oposição ao novo Governo de Santana e Portas.
Pacheco tem, claramente, condições para ser o rosto da oposição interna ao novo líder do PSD... não fosse o homem tão pouco amado entre o povo laranja!
Curiosidade: António Lobo Xavier disse algo de surpreendente. Os últimos tempos de Governo de Durão (agora rebaptizado de José Manuel Barroso) foram «de pântano». «De pântano»! Deve ser o mesmo pântano por onde «fugiu» António Guterres em Dezembro de 2001, não é?
|| portugalclassificado, 18:32
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Um post pós-fim-de-semana I
A política não foi a banhos. De todo. Seguem-se uma breves notas sobre o fim-de-semana, depois de ler jornais e ver noticiários na TV.
Santana Lopes. Esteve em silêncio durante o fim-de-semana, o que é benéfico, depois das trapalhadas em que se meteu na formação do Governo que, afinal, é maior do que prometeu; com a promessa de baixar o IRS - até parecia que estava em campanha eleitoral. Mas antes, na sexta-feira, anunciou que vai «deslocalizar» secretarias de Estado para várias cidades do País. O PSD, partido que não quis a regionalização e a fez encapotadamente através da «regionalização tranquila» de Miguel Relvas, tem agora uma iniciativa politicamente irrelevante. Os senhores secretários de Estado vão ter umas salinhas em várias cidades! De que vale isso? É simbólico, respondem do Governo. Vivam os simbolismos! E não custa dinheiro, dizem. A ver vamos.
Manuel Alegre. O deputado, poeta, fundador do PS teve um assomo de sinceridade. Desconcertante. Ao lançar-se na corrida à liderança do PS, diz que
garantidamente é candidato a secretário-geral. E lança um tabu sobre será, ou não, candidato a primeiro-ministro. Se ganhasse as eleições, é óbvio que seria. Mas será que Alegre quer ganhar? É claro que o deputado-poeta, e os seus apoiantes, têm de dizer em público que sim. Como o próprio o fez. Mas, no fundo, no fundo, querem
apenas marcar terreno, à esquerda, pela esquerda, pela esquerda ideológica. Numa luta partidária que tem como potencial vitorioso José Sócrates, o herdeiro de Guterres, o homem da «Terceira Via» que a esquerda do PS tolerou enquanto teve poder. É assim: o poder é um grande cimento.
|| portugalclassificado, 16:53
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De volta!
Segue dentro de momentos uma
posta chamada «Um post pós-fim-de-semana».
|| portugalclassificado, 16:26
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domingo, julho 25
Estou farta das vossas férias
Nuno: estás sem escrever há dois dias... Toca a postar!
Ana: fontes seguras garantem que tens feito trabalho de casa (entenda-se, escrever posts num cadernino). Portanto, de que é que estás à espera?
João Pedro: onde é que tu andas? Não encontras nenhum computador nas redondezas?
Conclusão: tenho saudades.
|| Anônimo, 19:52
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Ontem à noite
Sair do CCB, procurar um táxi, inebriada ainda pelos gestos, as palavras, a música, a dança de Bill T. Jones.
|| Anônimo, 15:14
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sábado, julho 24
Novas do homem sentimental
Na página oficial do homem sentimental (javiermarias.es) descubro que foi criado um blog (javiermarias.es/blog). Ali estão publicadas crónicas do EPS, mas há também fotografias, notícias ou as novas distinções do Reino de Redonda (Eric Rohmer foi condecorado Duque de Olalla). Depois, há outra boa novidade: ainda este ano, em Novembro, sai do prelo o segundo volume da trilogia “Tu Rosto Mañana”, titulado “Baile y Sueño”.
|| Anônimo, 17:20
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sexta-feira, julho 23
Um concerto, algures
Carlos Paredes e Serge Reggiani
|| Anônimo, 20:08
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Ânimo, Colaço
Vale a pena uma visita ao blog do
António!
|| portugalclassificado, 19:01
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Carlos Paredes III
Hoje andei todo o dia a «ouvir» as guitarras de
Verdes Anos.
|| portugalclassificado, 18:52
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Carlos Paredes II
Dizia: "Geniais são as pessoas que respeitamos profundamente". E recusava a distinção de génio, qualificando-se como um músico amador. Grande ensinamento.
|| Anônimo, 15:46
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Carlos Paredes
Se me perguntarem o que define o meu «ser português» eu respondo: a alegria e a comoção de ouvir a guitarra de Carlos Paredes!
|| portugalclassificado, 10:32
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quinta-feira, julho 22
Sic transit gloria mundi*
Sou fã incondicional da SIC-Notícias... apesar de, por vezes, ser algo repetitiva. A TSF também é e eu gosto na mesma. Seja como for...
Ontem à noite, estava a «salivar» com o anúncio de um programa sobre o novo filme de Michael Moore. Postei-me em frente ao aparelho de TV e... desilusão.
A SIC-N limitou-se a mostrar o
trailer do filme
Fahrenheit 9/11 (podia ter passado um documentário sobre o filme, o
making of, mas não...). E depois começou um profuso e longo debate. Um debate em que o telespectador não sabe bem do que se está a falar!... Ora se o filme ainda não estreou em Portugal, muita gente, como eu, andou ali a «apanhar bonés» com a conversa. A conversa podia até ser interessante, mas de que serve se não vimos o filme? Ora bolas!
Expectativa: espero que a SIC repita o programa dentro de uma semana ou duas. Por essa altura, já alguns telespectadores, como eu, devem ter visto o filme.
E, aí, será, por certo, mais interessante.
*
Assim passa a glória do Mundo
|| portugalclassificado, 16:32
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É tudo nosso
O Nuno costuma ser o mais preguiçoso do GF (a seguir sou eu). Mas ultimamente tem escrito todos os dias. Agora que o JPH foi de férias tu és o homem da casa, Nuno.
|| Anônimo, 16:13
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quarta-feira, julho 21
Afinal, havia outra... pasta! (II)
Um leitor atento e amigo fez chegar (por e-mail) a este escriba uma síntese possível da acidentada carreira política de Teresa Caeiro.
Aqui vai:
«A antiga governadora civil de Lisboa Teresa Caeiro (CDS/PP), promovida a secretária de Estado da Segurança Social durante o Executivo de Durão Barroso, foi nomeada secretária de Estado-Adjunta e dos Antigos Combatentes pelo actual chefe de Governo, Santana Lopes, mas acabou hoje empossada secretária de Estado das Artes e Espectáculos pelo Presidente da República.»
(um abraço, António)
Isto sim, isto é que é um Governo dinâmico! ! ! !
|| portugalclassificado, 20:05
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Acidentalmente
"Boa sorte também para Teresa Caeiro, que é a primeira mulher portuguesa a desempenhar funções governativas na área da Defesa".
(de Paulo Pinto Mascarenhas, in O Acidental)
O atabalhoamento dá nisto...
|| Anônimo, 19:50
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Afinal, havia outra... pasta!
O GF errou. A culpa é de Paulo Portas,
himself.
Teresa Caeiro, «neta e filha de militares», vai, afinal, para o Ministério da Cultura, onde essas credenciais irão ser-lhe muito úteis! !
Depois de Paulo Portas ter justificado - e muito bem! - que a sua secretária-de-Estado-Adjunta-e-dos-Antigos-Combatentes-que-depois-já-não-é que ela é «neta e filha de militares», afinal, a rapariga - descobriu-se! - «é polivalente» (Paulo Portas
dixit) e é mais útil na Cultura... nas Artes e nos Espectáculos!
Isto sim, isto é que é um Governo dinâmico! ! !
|| portugalclassificado, 19:21
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A justificação é boa, não é?
Paulo Portas escolheu Teresa Caeiro para sua secretária de Estado. À Lusa, o ministro justificou-se!
Viana do Castelo, 21 Jul (Lusa) - O ministro Paulo Portas salientou hoje, em Viana do Castelo, que a nova secretária de Estado da Defesa, Teresa Caeiro, é a primeira mulher com funções governativas neste sector,
sendo "neta e filha de militares".
|| portugalclassificado, 17:19
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Santana Lopes: leitura recomendada
|| portugalclassificado, 17:06
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Malditos, malditos, malditos
É um dos acontecimentos literários da
saison – a reedição de
Os Cantos de Maldoror, do obscuro e maldito Isidore Ducasse, ou Conde de Lautréamont.
É editado pela Quasi e tem um prefácio de Adolfo Luxúria Canibal (Mão Morta).
A (re)ler. Não é agradável (chega a incomodar pela crueldade), mas é um clássico. «Capaz de fazer de Sade, em muitas passagens, um aprendiz do exercício da maldade», lê-se no texto da contracapa. Com razão.
|| portugalclassificado, 14:26
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terça-feira, julho 20
Montale
"Deste meu nome a uma árvore? Não é pouca coisa"
|| Anônimo, 14:12
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segunda-feira, julho 19
O GF errou
Um amigo que já não vejo há muito enviou-me mesmo agora uma sms sobre o "post" anterior. Afinal, o "Mao II" já tinha uma edição portuguesa, mas praticamente desconhecida. Foi editado pela Puma Editora e a tradução assinada por Helena Fraga.
Obrigada Ricardo.
Desculpas aos nossos leitores.
|| Anônimo, 19:58
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Boa nova
"Mao II", de Don DeLillo, finalmente traduzido em Portugal. Por José Miguel Silva. Editora: Relógio d'Água
|| Anônimo, 19:16
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domingo, julho 18
Morgadinha
Pacheco Pereira pôs no blog os seus vinte livros, mais um. Alguns deles também são meus livros da vida, mas a referência mais terna que hoje descobri comungar com o homem abrupto, é a "Morgadinha dos Canaviais" de Júlio Dinis. Também é o princípio do livro português que mais vezes li - mais vezes que o Mau Tempo no Canal, porque a Morgadinha começava a ler-se mais vezes mais cedo. Eu não consigo estar no Minho sem recordar a surpresa de Henrique a chegar a casa das tias. Por estes dias, aquele começo veio-me muitas vezes à cabeça. Júlio Dinis é hoje completamente injustiçado. A "Morgadinha" é quase um livro "proscrito" que, acho eu, já ninguém "dá" a ler. Aliás, a escola (no meu tempo) tornava obrigatório a "Família inglesa" e já menosprezava a "Morgadinha". Eu gosto muito menos da "Família Inglesa" e embirro com a Cecília (uma seca de mulher-anjo). A Morgadinha é capaz de ser uma antecessora da Margarida do Mau Tempo no Canal, uma antecessora menos conformista, talvez.
|| asl, 16:16
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Telecomunicações
Meu avô era radioamador e passou a técnica a meu pai e meu tio. Meu pai usou o rádio como um telemóvel - levou o transmissor para uma montanha em Timor, construiu uma antena e falava com a família às horas em que os antípodas os deixavam encontrar. Meu tio, não. Falava, como o meu avô, todos os dias com estranhos.
Às vezes chegavam pessoas. Tinham nomes esquisitos: o CRFVTS, ou o CTSW1. Na rádio os nomes são mais absurdo que na blogosfera. E então, ao vivo, pareciam muito satisfeitos: alguns conheciam-se, falavam-se, há anos.
Um destes dias, apresentei meus tios a uns amigos.
- Conheceste-os no jornal?
- Não.
- Na faculdades?
- Não
- Em Lisboa
- Não. No blog.
Uma nuvem de ridículo atravessou-me a cabeça. Até que o meu tio esclareceu:
- Isso dos blogs é igual ao radioamadorismo.
E então, certa de estar a cumprir a tradição da família, sosseguei.
|| asl, 13:56
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Do granito
Enquanto o governo tomava posse, fiquei a olhar o granito. Os muros de granito, com ou sem vinhas a debruçá-los, resistem quase sempre. É aqui, como o
outro ao Douro, que venho buscar alguma dessa coisa. A contemplação do granito é um instrumento para a esplêndida serenidade. Daqui do meio do povo posso testemunhar que o povo é sereno - e não acaba, como o granito.
|| asl, 13:48
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quinta-feira, julho 15
"Sobre a Unesco" (II)
Não me surpreende que José Pacheco Pereira tenha sido convidado para representar Portugal na "olimpiânica" Unesco.
Não me surpreende que tenha aceite.
Não me surpreende que, agora, tenha decidido "desaceitar".
Surpreende-me que tudo isto seja matéria de surpresa. E de elogio. É de factos destes que se faz a política mais vulgar. Vejo disto todos os dias - e nos últimos dias mais do que nunca.
Não basta parecer invulgar. É preciso sê-lo. No princípio, no meio e no fim das decisões que se tomam.
|| JPH, 23:43
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"Sobre a Unesco"
|| JPH, 22:39
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quarta-feira, julho 14
Cóltura
Obviamente que Santana começou muito mal com a ideia de deslocar para fora de Lisboa alguns ministérios e secretarias de Estado. É o claro exemplo das ideias ditas sem nenhuma ideia do que implicam - como foi na CML a história do Parque Mayer ou do Túnel do Marquês.
Só me admira que não tenha proposto deslocações governamentais sazonais (por exemplo: que o Turismo fosse para o Algarve no Verão e, no Inverno, transitasse para a Serra da Estrela). E acho que, neste contexto, é surpreendente que não tenha proposto a deslocação da secretaria de Estado das Comunidades para Toronto.
Mas, agora a sério: o que Santana faria muito bem era em acabar com o ministério da Cultura. Aquilo, objectivamente, não faz falta nenhuma - aliás nunca fez, nem mesmo no tempo de Carrilho. Para atribuir subsídios basta uma secretaria de Estado.
|| JPH, 17:18
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Herberto
Não me irrita o Herberto Hélder. Aprecio, até - ligeiramente. O que me irrita, verdadeiramente, é que tantos o tentem imitar. Na blogosfera isso é mato. O pior da imitação não é ser imitação. É ser
má imitação. É o que tem sido.
|| JPH, 17:13
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terça-feira, julho 13
Fontes seguras garantem de que...
...Mota Amaral acha que o seu lugar de Presidente do Parlamento está em risco. Com Sócrates a chefiar o PS e Santana liderando o Governo, cada qual em sua bancada, já há quem pense, na maioria, que José Alberto Carvalho será o melhor moderador das sessões. O regimento será alterado para permitir debates parlamentares ao domingo à noite. Marcelo comenta, em directo, na TVI.
|| JPH, 19:31
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Sendo eu um rapaz sensível...
...daqueles que muda de canal quando a Manuela Moura Guedes anuncia imagens "impressionantes" só tenho que estar agradecido ao dr. Vitorino por ter impedido imagens televisivas e directos com a sua comunicação. Tivesse permitido e seria, depois da comunicação do PR, o segundo suicídio em directo e ao vivo. Para mim era demais.
|| JPH, 19:22
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segunda-feira, julho 12
Estamos vigilantes...
Verifico com agrado que, na ausência das meninas, a ala masculina do GF não tem parado de postar.
Só falta mesmo o JPH deixar de dizer "o meu blogue"...
|| Anônimo, 22:20
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A crise do sistema
Não há nenhuma "crise do sistema". O sistema - semi-presidencialista - funciona. É o melhor, o mais equilibrado.
O que se passou foi algo muito simples: alguém errou. No caso, foi o PR - errou. Errou porque decidiu subjectivamente e eu, subjectivamente, acho que errou, como há muitas pessoas que acham, subjectivamente, que acertou.
Passa-se isto em Belém e passa-se isto em todo o lado (vejam-se as decisões judiciais). Subjectividade, toda a subjectividade. São seres humanos os que instalamos no poder. Sempre o foram, nunca deixarão de o ser (felizmente).
O único sistema que resolvia isto tudo consistia em pôr todo o poder de um dos lados da balança. Aí nunca haveria dúvidas. Perderiamos o direito de especular (que é, de todos, o mais importante, porque corresponde ao direito de pensarmos para além do que directamente nos interessa). O direito de termos dúvidas. De pensar: ele pode decidir assim
ou pode decidir assado.
Processos como o da Casa Pia ou o desta crise tiveram essa virtude: puseram-nos a pensar
em geral. Soubemos muito mais sobre o "sistema": como funciona, como não funciona, como deveria funcionar, etc, etc, etc. Quem já sabia continuou a saber; quem não sabia passou a saber. É nesta exacta medida que se pode garantir: não há crise nenhuma do sistema. O país está um bocadinho mais atento, parece-me.
Por isso, daqui para a frente - nas autárquicas, nas legislativas, nas presidenciais - os compromissos terão de ser algo mais do que têm sido, naturalmente.
|| JPH, 19:21
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Jorge Dabliu Buxe
E a pérola do dia é:
IRAQUE CONFLITOS EUA Iraque: Guerra justificava-se, sustenta Bush
Oak Ridge, Tennesse, 12 Jul (Lusa) - O presidente norte-americano, George W. Bush, defendeu hoje a decisão de invadir o Iraque, apesar de não terem sido encontradas armas de destruição maciça. [Sin non e vero e bene trovato]
"Apesar de não termos encontrado armamento de destruição maciça, tivemos razão em ir ao Iraque", disse Bush, durante uma visita ao Tennesse (sul dos Estados Unidos).
"Derrotamos um inimigo declarado da América que tinha a capacidade para fabricar armamento de destruição maciça e poderia ter ajudado terroristas", sublinhou, após uma inspecção a material e equipamento de armamento nuclear enviado em Março para os Estados Unidos, ao abrigo de um acordo com a Líbia, para pôr fim ao programa de armamento nuclear deste país.
Conclusão: eles não têm armas de destruição maciça, mas podiam ter tido; por isso, o melhor foi ir lá «democratizar» o país...
Sim, eu sei, é uma piada anti-Buxe... foi mais forte do que eu!
|| portugalclassificado, 19:07
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E pronto...
...vivemos num tempo em que:
1. Temos (vamos ter) um primeiro-ministro a quem o respectivo partido recusou por diversas vezes a liderança do partido - e, por inerência, a candidatura a primeiro-ministro;
2. E que, agora, só irá conquistar o PSD, em congresso, sob completa chantagem: votar contra ele é votar contra o governo, logo é votar na oposição.
3. E em que um homem chega a presidente da Comissão Europeia depois (só depois) de ter protagonizado a mais severa derrota eleitoral de sempre do partido que chefiava;
4. Em que o Presidente da República despreza por inteiro as centenas de milhares de pessoas, para não dizer milhões, que votaram nele.
Como o João já notou, tudo isto indicia o pior: o mais profundo desprezo pelo sentido do voto de cada um. Isto bateu no fundo? Não, nunca bate no fundo - é sempre possível o pior. Ainda podemos votar, vá lá. Ou melhor: ainda podemos votar ou não votar.
Acontecimentos como os dos últimos dias tornam-me militante da oposição à ideia de voto obrigatório. Mas não duvido de que aqueles que me fazem sentir enganado serão os primeiros, agora, a pôr essa lebre a correr. Má consciência, é o que é.
|| JPH, 11:59
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sábado, julho 10
O sobretudo verde de Freitas do Amaral está a ficar avermelhado
E já andava desconfiado, mas o
Barnabé ajudou-me a esclarecer as (poucas) dúvidas que tinha. «O meu presidente é este!» e mostra uma imagem de Freitas do Amaral nas Nações Unidas. O ex-líder do CDS devia candidatar-se a Belém. As
esquerdas começam a movimentar-se! Até podia pensar em comprar um novo sobretudo para a campanha, porque o verde está fora de moda! E o professor Cavaco parece que ainda veste o dele.
Ah, e já está marcada mais uma manif (de que vale agora?...) para amanhã, domingo, em Belém. Uma manif para fazer «ouvir a nossa voz». Deles. Sugestão, não era melhor fazer uma manif
silenciosa. Talvez a
maioria cresça (piada a remeter para a História contemporânea portuguesa).
|| portugalclassificado, 17:40
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Vigilância, qual vigilância?
A crise «acabou». Jorge Sampaio entrou por um caminho estreito, ao convidar Pedro e Paulo para um Governo da «continuidade»...
Várias dúvidas me assaltam. O Presidente - ao recusar a
«bomba atómica» da dissolução - promete ficar vigilante. Desculpe? Vigilante como? Alguém acha que Pedro e Paulo, no poder, vão cometer erros crassos,
radicais, ainda mais já estando de sobreaviso? E como justificaria o Presidente uma dissolução da Assembleia? Como se medem essas mudanças radicais na política europeia, justiça (qual é a política dos últimos anos?), defesa? Será que o povo compreenderia que o Presidente usasse a bomba devido a oscilações na consolidação orçamental?
É preciso instalar um «vigilantómetro» em Belém!
|| portugalclassificado, 16:49
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Evidentemente...
...Jorge Sampaio enfiou-se na maior alhada que se pode imaginar. Deu a volta ao texto constitucional e reconduziu-se à posição de fiscalizador-mor da governação. Tornou-se responsável pela actuação política do Governo, função que a Constituição deixou de atribuir ao PR desde a revisão de 1982. E, é claro, será pessoalmente responsável por todo e qualquer eventual incumprimento das "garantias" de continuidade e estabilidade que supostamente Santana lhe deu. Vão ser dois anos muito difíceis para o Presidente. Sinceramente, nunca pensei que se deixasse cair numa armadilha destas.
|| JPH, 00:20
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quinta-feira, julho 8
Os senadores
O país elegeu este Presidente. Ele tem a legitimidade toda para decidir - é pago e eleito para isso (pelo que até nem me comove nada o drama interior que Jorge Sampaio estará a viver, está lá é para isso).
Eu e todos os eleitores (até os abstencionistas), concedemos-lhe, portanto, o poder de decidir - insisto. Mas já não o concederam a uma dúzia ou dúzia e meia de "senadores", por mais revelantes que sejam (ou tenham sido) os seus serviços à Nação. Não votei nem no Conselho de Estado nem nos outros senhores que foram a Belém conversar com o Presidente.
Espero, portanto, que o Presidente não lhes dê demasiada importância no anúncio da sua decisão - mesmo até se a maioria destes "senadores" se inclinar para a solução que acho mais adequada.
Repito: vivemos numa democracia -
demo-cracia, o poder do povo. Não numa república de senadores. Não lhes passei nenhum cheque em branco para decidirem por mim. Ao Presidente sim. Só a ele, mais ninguém. Se ele achar por bem devolver-me a minha quota parte de poder (o voto) eu, por mim, usá-lo-ei. O poder fez-se para ser usado.
|| JPH, 14:56
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Bom senso e senso comum
Quando se tem uma dúvida grave, complicada, daquelas que nos tira o sono e o apetite, há sempre um caminho: o do bom senso. É uma luzinha interior, íntima, muito trémula e difícil de se descortinar - mas está lá, é só saber olhar com atenção, em silêncio, de preferência no escuro, solitariamente.
O bom senso funciona para decisões individuais de consequências quase só individuais (divórcios, mudanças de emprego, coisas desse género). No caso do Presidente, que vai anunciar algo que afecta um país inteiro, o bom senso tem, também, outro nome: senso comum. É fácil de ver, neste caso, onde está o melhor senso comum. Há muito que a solução foi inventada: chama-se democracia -
demo-cracia, o poder do povo.
|| JPH, 14:40
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segunda-feira, julho 5
Ter saudade mas não muita
Ora, como Iracema, vou ter saudade, mas não muita. (Podemos continuar a comemorar os sessenta anos do Chico Buarque, depois os 61, a sua vida toda)
Nesta Iracema, Chico fala do "ter saudade, mas não muita", aquilo que toda a gente esconde quando diz que tem saudades. Iracema, que voou para a América, tem saudade do Ceará, mas não muita.
Iracema voou
Para a América
Leva roupa de lã
E anda lépida
Vê um filme de quando em vez
Não domina o idioma inglês
Lava chão numa casa de chá
Tem saído ao luar
Com um mímico
Ambiciona estudar
Canto lírico
Não dá mole pra polícia
Se puder, vai ficando por lá
Tem saudade do Ceará
Mas não muita
Uns dias, afoita
Me liga a cobrar:
-- É Iracema da América
|| asl, 22:12
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Férias
Vou migrar - dizer isto, nesta altura, quase equivale a uma posição política. Mas é falso. Elas, as férias, estavam marcadas há meses, antes do advento de José Barroso. Não sei se vai dar para postar ou para ficar, simplesmente, postada - ao sol ou à sombra. Vemo-nos por aí.
|| asl, 22:06
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sábado, julho 3
The National Geographic Magazine, June 1958
A New Volcano Bursts from the Atlantic
Off Fayal, in Portugal's Verdant Azores, a Jack-in-the-box Eruption Smothers Villages, Awes Visitors - and Even Catches Whales
by John Scofield
Senior Editorial Staff, National Geographic Magazine
"There may have been some impressive eruptions", my friend said beside me in the dark, "but this is the first time nature ever provided a grandstand".
From our windy cliff top, which towered higher than the Washington Monument, we could see into the very throat of the volcano. Suddenly it looked as if someone had set off all the Roman candles in the world. A steady half-mile-high jet of incandescent boulders, soared into the air and then slammed down onto the ash-covered slope, to lie briefly glowing there like angry red fireflies.
To the left of the main vent, ropy lava sprayed in a dazzling fountain, painting the coiling steam clouds a gaudy orange. Lightning knifed through the inferno above the vent, and rending cracks of thunder broke the soft swish of the eruption. Behind us a full moon climbed slowly up from the sea (...)"
|| asl, 23:37
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Ter sdds
Oh, os SMS mudaram-nos a língua, felizmente: o português é façanhudo, incapaz tantas vezes, ao contrário do inglês e do espanhol, da subtileza, do intervalo entre dois termos absolutos.
Não conheço, e gostava, nenhum texto de semiólogo sobre as mudanças que os SMS têm vindo a fazer na linguagem – e na vida.
Pela primeira vez, ontem mandaram-me sdds. Não saudades, não a saudade, aquela coisa de todo o cais ser uma de pedra, blá,blá,blá. Simplesmente sdds. Atrás das sdds, há um riso. Eu love (sim, love) quem não contém o riso (contendo o esquecimento). Também tenho sdds, vou matar sdds.
|| asl, 17:17
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sexta-feira, julho 2
Adeus Sophia
"Vinha de um mundo
Sonoro, nítido e denso.
E agora o mar o guarda no seu fundo
Silencioso e suspenso"
|| Anônimo, 20:28
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Lugar comum intransmissível
Ensina-nos a idade que a pacificação não é coisa pacífica: abrupta, paradoxal e irónica tantas vezes, reconhecemo-la quando nos reconhecemos no espelho ou na cama com os nossos botões
|| asl, 17:12
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Recomenda-se a leitura de:
"O Conde de Abranhos" e "A Capital", ambos de Eça de Queiroz.
|| Anônimo, 14:26
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quinta-feira, julho 1
À espera
Dizem que o PR quer tempo para decidir. Dizem que, com esta espera, quer fazer germinar a instabilidade no PSD, para argumentar em favor de eleições antecipadas. Outros afirmam que não, é o contrário: o que quer é dar espaço à instabilidade no PS, para poder dizer não à dissolução do Parlamento.
Ontem, após o jogo, Sampaio fez uma declaração que podia ser "lida" no quadro da crise em vigor. Hoje fez outra, formal, em Belém. Amanhã fará outra? Talvez - a não ser que daqui até ao "fumo branco" decida auto-sequestrar-se no seu palácio, para não ter de ser confrontado pelos chatarrões dos jornalistas.
A espera é a espera é a espera. A espera (isso sim) é o que gera instabilidade. Há mais instabilidade numa semana assim do que em dois ou três meses de Verão passados a aguardar a realização de eleições que se sabem que vão acontecer.
|| JPH, 15:42
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Fontes seguras garantem de que...
...Jorge Andrade ficou muito chateado com Maniche. Não fosse aquele tiraço e o Andrade teria sido premiado com o golo mais lindo do Europeu.
A propósito: Diz-se Máni
que ou diz-se Mani
xe? Esclareçam-me, por favor.
Só mais uma coisinha: Figo redimiu-se - fez-lhe bem ter sido substituído no jogo com a Inglaterra. E aquela bola na trave, meu Deus! (por pouco não ia fora, dizem os maldosos)
E ainda mais uma: eu manteria o Pauleta a jogar. É evidente que ele já só está só a milímetros de marcar. Tem-se vindo a aproximar. Será na final. Além do mais, verei esse jogo nos Açores. Se alguém merece uma alegria extra é aquela gente.
PS - Ouviram bem as palavrinhas do sr. Presidente da República após o jogo? Pois oiçam, oiçam...não serve de nada...mas oiçam.
|| JPH, 12:08
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