...para Ana Sá Lopes (asl), Nuno Simas (ns) e João Pedro Henriques (JPH). Sobre tudo.[Correio para gfacil@gmail.com]
terça-feira, maio 30
grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr ! (II)
Faço eu, mas não é contigo, f., que tenho amor à vida. Agora é com os deputados. Por causa de um jogo de futebol (Portugal-México, 21 de Junho) anteciparam o plenário da tarde para a manhã desse dia. E pergunta a
Susana e pergunta muito bem: "
Se o futebol consegue acordar a política mais cedo, por que não tudo o resto?" Pois, minha cara, o problema é que os senhores deputados têm lá em casa as respectivas e amantíssimas esposas (e as suas leais criadas) a tomar-lhes conta das crianças, a ir buscá-las às creches, a dar-lhes banho, a pôr-lhes o Noddy no DVD, a corrigir-lhes os trabalhos de casa, a fazer e a dar-lhes de jantar, a ajeitar-lhes os lençóis quando se deitam, a dar-lhes um beijinho de boa noite. Enquanto isto assim for, enquanto os senhores deputados não tiverem alguém que os obrigue a serem outros coisa que não apenas deputados - por exemplo, sei lá, pais - então vamos ver o Parlamento funcionar até ás tantas quase todos os dias - excepto, é claro, em dias de bola.
É por isso que defendo as quotas. Enquanto o Parlamento (e o Governo) for dominado por pessoas que não fazem (nem querem fazer) a mínima ideia do que é a vida do cidadão comum então teremos uma governação lunática. Não é a única razão. Mas é a principal.
PS. Quanto ao Papa.
Querida f., o post não era para ti - aliás não percebi bem a referência ao Alliens, é filme que não vejo, assusta-me. Nem sequer era para o
Daniel, que foi por onde comecei esta conversa. Limito-me a dizer que o que o Papa fez anteontem e o que João Paulo II já tinha feito, quanto ao Holocausto, são passos no bom sentido que saúdo como tal. Não esqueço o passado das cúpulas da ICAR. Mas não sou cego ao presente. Quanto a Deus, enfim, não comento. É assunto que não me interessa, nunca me interessou. Vejo apenas o Papa como um chefe de Estado muito influente e é só isso que me importa.
Bjs,
|| JPH, 15:12
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grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
bom,
agora que já rosnei um bocadinho, explica-me lá onde está o osso. da questão. é que sou um bocado míope
(e, já agora, reflecte nas palavras que um membro do movimento nós somos igreja, a maria joão sande lemos, me enviou hoje, por mail:
'Olá Fernanda! Bom Dia!
Estou estupefacta com a, nem sequer sei como qualificar, afirmação de Bento XVI sobre o "silêncio de Deus" em relação ao Holocausto!
Onde estavam o Papa, cardeais, bispos e padres que se consideram os representantes de Cristo na Terra!!!!Quando convém são representantes, quando não convém .....
Quantas vezes e quando, ele, Ratzinger, condenou o nazismo?
E agora o silêncio é de Deus?
E os Aliados, e os milhões de soldados que morreram para defender o mundo civilizado? E os católicos que morreram nos campos de concentração? Esses não são a voz de Deus?
As hierarquias católicas e o Vaticano é que se remeteram nessa época a um silêncio esse sim de questionar!!!!
Agora Bento XVI é o juiz de Deus???')
mordidelas
|| f., 14:27
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Timor
1. Em Timor censura-se a ONU por ter actuado baseada em receitas universais de "chave na mão", ignorando as tradições locais. Não contesto. Mas se calhar também seria importante ponderar se a exportação para o território do ordenamento constitucional português não foi também um grave erro. Aparentemente, Timor não se está a dar bem com um modelo de poderes partilhados entre o Presidente e o primeiro-ministro. Pergunto-me se não seria melhor reforçar a componente presidencialista do sistema.
2. Não sei se Mari Alkatiri sobreviverá à crise. Se cair então será a prova da sua tese: houve um golpe de Estado.
3. Hoje de madrugada ouvi Freitas do Amaral na rádio anunciando a iminência de uma remodelação governamental em Timor-Leste (que, que eu saiba, ainda não se confirmou). Se isto não é interferência nas questões internas da governação timorense então vou ali e já venho.
|| JPH, 14:26
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Moltisanti
O sobrinho que nunca mais chega a "captain" e que sonhou ser argumentista e que teve um sério problema de drogas e cuja namorada (entretanto "sumida") andava a informar o FBI vem a Lisboa, vestido com o seu verdadeiro nome, Michael Imperioli. Vem com uma banda de punk-rock chamada
La Dolce Vita e tocará dia 9 de Junho no maravilhoso e renovado Maxime, em Lisboa.
Estes três também andam na música. Do primeiro (Dominic Chianese, aka
Oncle Junior) conheço um lindíssimo álbum de baladas italianas (num dos episódios ele canta uma dessas baladas. É de fazer chorar as pedrinhas da calçada). O segundo (John Ventimiglia, aka
Artie Buco) é
crooner e esteve cá há pouco tempo. Quando regressou aos States foi preso por, se bem me lembro, posse de drogas. O terceiro (Steve Van Zandt, aka
Silvio Dante) é guitarrista do Springsteen na E-Street Band.
|| JPH, 13:58
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Podemos não querer saber nada
e fingir que nada se passa. E pensar que tudo continua na mesma embora já não continue. Podemos querer ver isto sentados. Podemos viver tudo confortavelmente acolchoados no que desde sempre pensamos. Quanto à ICAR - e a tudo o resto - é o mais fácil: mais fácil é estar sentado a gritar indignações do que de pé no topo do mastro a gritar "terra à vista!". Mas na ICAR, mal ou bem, o caminho tem-se feito: este Papa disse ontem o que disse em Auschwiz e outro anterior disse o que disse no Muro das Lamentações.
Podemos não acreditar. Podemos achar que é tudo cinismo. Podemos ter a certeza que isto foi só o chefe a falar e nada passa para baixo dele. E até podemos, com a maior naturalidade carrilhista do momento, especular sobre se isto não será tudo uma enorme manobra de marketing arquitectada por dois mil anos de experiência em agenciamento de comunicação.
Podemos tudo. Até achar que a desconfiança sistemática é um acto da Inteligência. O Pavlov ensinou os seus cães a salivar em vendo um osso. Eu, com o mesmo osso e algum tempo, também os ensinaria a rosnar.
|| JPH, 00:49
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segunda-feira, maio 29
boa e velha pergunta
a da
susana.
claro que também fica bem ao ex-cardeal, agora pontífice. dá-lhe um je ne sais quoi de rebeldia, mesmo se é uma pergunta que abre uma porta que lembra aquela do aliens 4 (sim, tou doida, podem dizê-lo: os miolos esturraram-me a mioleira). pronto, passo a explicar: a porta da nave no espaço por onde, por via de um minúsculo buraco, se esvai aquela criatura horrível que se alimenta de cérebros humanos e é para aí sobrinha neta da personagem da sigourney weaver.
um buraquinho pequenino para o vazio. zuca, vai-se tudo por ali.
|| f., 20:26
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ai que alívio
foram perguntar às agências de comunicação se é verdade que têm jornalistas, daqueles com carteira profissional e nome nas fichas técnicas, no pay roll. e elas: não, nunca, que ideia, nem pensar.
tou muito mais descansada. isto arruma a questão.
|| f., 20:22
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itch
é em dias como estes que se deve seguir o exemplo de marilyn em the seven year itch: toca a pôr a roupa interior no congelador uma ou duas horitas antes de a envergar.
ou isso ou a maré baixa na fábrica com aquelas ondinhas mansas em massagem panteísta (e aviso já que se não sabem o que é a fábrica também não vos explico).
|| f., 20:18
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prenúncio
se fosse um bocado mais supersticiosa, estava agora a interrogar-me sobre esta conjunção de calor inopinado com pragas de mosquitos e de borboletas (tou farta de convidar borboletas pardas - e parvas - a tomar o caminho da janela, mas insistem em voltar ao meu convívio). será terramoto? será tsunami? será a derrota no jogo contra angola (eheh, com esta é que me meti em sarilhos)
|| f., 19:45
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Aleluia!
Já estava a achar estranho. Há quase uma semana que o
Arrastão nasceu. Bem que lhe fui lendo as linhas e entrelinhas e nada, verdadeiramente nada, com que discordasse profundamente. Mau, mau Maria! Mas enfim, quem espera sempre alcança e hoje o Daniel lá me disponibilizou
matéria - obrigado, muito obrigado.
Perante a pergunta de Bento XVI, ontem, em Auschwitz - verdadeiramente revolucionária, para um Papa - "onde estava Deus?", o Daniel pergunta: "E, já agora, onde estava o Vaticano?".
A pergunta é inteiramente legítima. Mas convém que quem a faça tenha um bocadinho de autoridade para a poder fazer. É certo que o Vaticano se comportou vergonhosamente perante o Holocausto (algo a que, evidentemente, não é alheio todo o milenar lastro anti-semita da organização). E daí que faça todo o sentido que essa mesma organização, revelando - no seu ritmo próprio - atenção ao seu próprio passado e aos erros que cometeu, peça desculpa pela sua colaboração no Holocausto, algo que, aliás, não aconteceu ontem pela primeira vez (em 26 de Março de 2000 o Papa João Paulo II visitou Jerusalém e, no Muro das Lamentações, depositou uma mensagem em que assumia a quota-parte da responsabilidade católica na perseguição dos judeus: "
Deus dos nossos pais, que escolheste Abraão e os seus descendentes para trazer o Teu nome às nações: estamos profundamente tristes com o comportamento daqueles que, ao longo do curso da história, causaram sofrimento a estes teus filhos e, pedindo o teu perdão, manifestamos o desejo de nos comprometermos a uma irmandade genuína com o povo do convénio.")
Mas isto foi em 2000. Antes do 11 de Setembro (2001). Depois tem sido o que sabe, com a maldita questão do anti-semitismo a voltar ao topo da agenda. O gesto de Bento XVI, ontem, é assim particularmente importante pelo que transporta no subtexto: desta vez a Igreja está no lado correcto da História, não repetirá erros do passado. Vindo, ainda por cima, de um alemão - há ali um duplo problema de consciência -, o gesto tem ainda mais valor.
Meu caro Daniel,
Tu próprio militaste numa organização cuja assumidissima filiação internacional nunca foi conhecida por ser propriamente
jew friendly, bem pelo contrário. Presumo que na altura em que te fizeste sócio dessa organização soubesses da sua história.
É certo que tu próprio podes dizer que, pessoalmente, nunca tiveste nada a ver com isso. Sim, eu sei. Mas quando se milita numa organização política - ou, a bem dizer, noutra qualquer - o nosso corpo doutrinário e patrimonial não é só o nosso, é também o da própria organização, no seu todo, querendo o seu todo dizer a sua história e, portanto, as suas solidariedades internacional.
Quero também garantir-te que nada há de fulanizado nesta conversa (embora pareça, admito). O que quero dizer é, afinal, muito simples: todos - pessoas, organizações - temos o nosso passado. Todos. E o que importa, sempre, é não esquecer isso, fazendo do presente (também) uma leitura do passado. Aprender alguma coisa. Evoluir. Foi o que tu fizeste (e eu também e toda a gente minimamente saudável). Não leves a mal a Santa Madre Igreja por fazer o mesmo.
|| JPH, 11:17
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domingo, maio 28
cats and dogs, 3
|| f., 21:27
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cats and dogs, 2
quando era miúda, os cães seguiam-me até casa. ficavam ali, à porta da rua, a olhar, enquanto eu me despedia deles, torcida de remorsos. hoje são mais os gatos.
|| f., 21:24
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cats and dogs
ah,
pedrocas. não te sabia tão amigo dos animais. isso de dares comida ao cãozito fica-te muito bem. (a sério). mas já foste ao canil municipal? isso é que é uma viagem. com bolinha, como os filmes interditos a espíritos sensíveis. e com gatos, também. quando lá fui -- há uns anos, não sei se ainda é assim, creio que já mudaram de instalações -- os gatos estavam todos ao molho numa gaiola, na mesma divisão em que os matavam. devia ser para se irem habituando.
os homens que lá trabalham explicaram-me tudo -- como se matavam os cães, como se matavam os gatos, mostraram-me o forno crematório para o after the fact.
os cães praticamente saltavam ao pescoço de toda a gente, num frenesim de doçura. queriam ser escolhidos. salvos. os gatos já não acreditavam.
quando te aproximavas dos gatos, olhavam-te como quem sabe e não perdoa (e como quem te arrancaria os olhos só por arrancar, pelo gozo da unhada). os cães não, estão sempre à espera de um milagre.
deve ser por isso que há quem só goste de uns ou de outros. eu gosto dos dois -- cães e gatos. it takes all kinds
|| f., 21:11
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os pes da cate
na revista de imprensa deste fim de semana dei com uma página inteira dedicada aos pés da cate blanchett. mais exactamente ao estado dos pés da cate banchett. o estado dos pés da cate blanchett em cannes, na estreia de babel.
lá vem uma foto da blanchett, com um vestido a modos que folclórico (e muita giro, não façam confusão) e umas sandálias metálicas ou coisa que o valha, boa comó milho. estranha-se um bocado a unha do pé não estar pintada, mas pronto. o pior é que os malandros resolveram ampliar um pormenor do calcanhar da rapariga e mostrar ao mundo que está a modos que ressequido, gretado, enfim, uma lástima.
ora eu, que adoro a cate blanchett, começo por achar que raio de ideia, ampliar-lhe o pé para mostrar que a desgraçada não foi à pedicure (adoro este nome, pedicure. a minha avó chamava-lhe calista, mas no tempo da minha mãe já era pedicure. so french). depois fico enternecida. a cate, a estrela cate, que tem aquela cara e aquele corpo e aquela voz, tem os pés gretados. a cate, que recebe não sei quantas centenas de milhar de euros por filme, não conseguiu tempo para ir arranjar os pés antes da estreia.
'ao menos para a próxima não use um calçado tão sofisticado', diz uma legenda. sempre gostava de saber quem são as pessoas que escrevem estes dislates moralisto-convencionalões (e que censuram, por exemplo, a mulher de narana coissoró por ter ido não sei onde -- acho que aos globos de ouro -- de calça e casaco em vez de enfiar um vestido de noite, comentando que ela 'não sabe as regras da etiqueta'. regras da etiqueta começam pela boa educação e pelo respeito, que é coisa de que quem escreve estas coisas, e estabelece a impossibilidade de, por exemplo, não se poder usar ganga 'numa gala' -- pleeeeeaaaase! --, claramente nunca ouviu falar). quer dizer, não, não quero saber quem são estas pessoas. aliás, essas pessoas não interessam nada. o que interessa é a cate. e os pés da cate. e de como os pés dela a tornam comovedoramente próxima. one of us -- das gajas que de vez em quando não têm tempo para ir à depilação, nem para cortar a franja, nem para ir à ginástica, nem para fazer massagens, nem sequer para comprar iogurtes.
|| f., 20:19
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Dúvida
Há alguém do Ministério Público que dê a cara (e o nome) pelo que escreve na blogosfera? Respostas para o mail.
|| JPH, 17:50
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Estavam todos mais magros
Esta foto foi tirada em 1974, no aeroporto de Luanda. Diz
quem a colocou em linha que, depois da revolução, Jorge Sampaio foi o primeiro enviado civil à colónia. Acredito. O primeiro jornalista à direita de Sampaio com o microfone estendido chama-se Fernando Alves. Escreveu, comentando a foto, que isto foi num "passado que ainda estava cheio de futuros". Eu nesta altura ainda morava naquela cidade. Tinha oito anos. O único futuro que me preocupava era o do fim de semana seguinte ("vamos ao
Mussulo ou não?"). Mas depois vi muita gente definhar de saudades. Uns do passado, outros do futuro.
|| JPH, 13:38
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sábado, maio 27
Uma vez sem exemplo
Concordei com quase tudo o que Helena Matos escreveu hoje no PÚBLICO (não há link, ide à banca e comprai pois que assim me pagais o ordenadito).
|| JPH, 17:02
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Assim uma espécie de Prós & Contras...
...na
Casa Fernando Pessoa, quinta-feira passada (26 de Maio), segundo se conta
aqui. Debatia-se o ensino dos clássicos nas escolas portuguesas. A certa altura Filomena Mónica sugeriu, candidamente: "
Só se fuzilássemos todos os que andam a fazer os currículos.". E logo de seguida grande agitação na sala, pessoas gritando "nem no Estado Novo!", ao que parece ligadas a uma Associação de Professores de Português.
Sem ironia: bom trabalho,
sr.director! Mas calma: não tarda nada começam as televisões a entrar-te pela Casa. Não sei se é bom sinal.
|| JPH, 16:22
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Arrastão
O verdadeiro arrastão não foi o de Carcavelos (parece provado). Nem é sequer
aquele onde o Daniel nos tenta fazer acreditar que tem mais de 1.80m de altura (brincalhão!). O verdadeiro Arrastão é em Alcochete, junto à "praia", quase paredes meias com o novo "centro cultural" (saída para o Samouco). Recomendo loucamente os salmonetes grelhados e, em geral, todos os grelhados de peixe, que nunca vi tão perfeitamente cozinhados (falo muito a sério). É caro. É muito bom. O atendimento é muito competente: familiar sem ser melga. Podem (e devem) levar as crianças que quiserem. Aceita cartões. Se encontrarem o Paulo Branco dos filmes refeiçoando com a Catherine Deneuve não se admirem. Para almoços aos fins de semana é aconselhável reservar (telf. 21.234.21.51).
|| JPH, 15:10
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A LER (act.)
1.A entrevista de Azeredo Lopes, presidente da Entidade Reguladora
para a Comunicação Social (ERC) ao
Diário de Notícias. No essencial concordei.
2. A tomada de posição do
Sindicato dos Jornalistas sobre o "caso" Carrilho. Não li, vou ler.
3. O
comunicado da ERC. Não li, vou ler.
|| JPH, 14:11
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sexta-feira, maio 26
Apelo
Peço daqui humildemente aos senhores pilotos da Força Aérea da Base do Montijo que não andem a testar o seu novo brinquedo em cima de minha casa. Obrigado.
|| JPH, 21:57
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Drama jornalístico
O meu. Nunca faças hoje o que podes fazer amanhã.
|| JPH, 21:34
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RECTIFICAÇÃO
O post "Vergonha" foi rectificado. O jantar de campanha do PS em Cascais onde participou o procurador Varela Martins foi em 2001 e não em 2005, como por erro escrevi. Quem me alertou para o erro disse-me que ele fazia "alguma diferença, até para o conteúdo da revelação". Respondi-lhe, na volta do correio, que no meu entender não. Passo a citar-me (e desculpem-me o tom coloquial): "Não é suposto tipos do MP andarem em jantares de campanha; não é suposto tipos do MP aceitarem processos que envolvem pessoas com quem conviveram em acções de campanha."
|| JPH, 20:53
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Imprensa cor de rosa
Pelo
Contrafactos chego ao
Plano de Trabalho para o Relacionamento com a Imprensa estabelecido pela Federação Portuguesa de Futebol para a cobertura do Mundial. A certo ponto lê-se isto (bolds meus):
"A Assessoria de Imprensa da Selecção Nacional – Clube Portugal, como responsável pela emissão das acreditações para o estágio a realizar em Évora, reserva-se o direito de retirar a acreditação a qualquer membro da Comunicação Social que não respeite o espírito de cooperação e saudável relacionamento de trabalho que presidiu à elaboração desta regulamentação."
Isto não é assunto nem para a ERC nem para o Sindicato nem para o Conselho Deontológico. É só para os próprios jornalistas e para quem neles directamente manda. Ou são imprensa cor de rosa ou não são. Decidam-se.
PS.
Já agora, recomendo o acompanhamento das conferências de imprensa diárias da selecção. Tenho-as ouvido, em directo, por volta das 16h00, na TSF. Ouvem-se as respostas. Mas, sobretudo, ouvem-se as perguntas (e quem as faz).
|| JPH, 16:44
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da manipulação, do jornalismo e da baralhação
toda esta discussão sobre a manipulação no jornalismo, sobre o jornalismo que manipula e é mau e o que não manipula e é bom, deixa-me um pouco baralhada. é que, por definição -- e já estou a ouvir o tropel da indignação néscia -- jornalismo é manipulação.
manipulação, claro, tem um duplo sentido: o de tratamento, de trabalho manual, de intervenção humana, e o de intervenção perversa, viciosa, de orientação desonesta, de distorção.
e claro que o jornalismo pode ser manipulador na dupla acepção do termo. aliás é sempre, também, distorção. porque fazer jornalismo é construir uma visão a partir de parcelas. parcelas de observação, directa ou não, parcelas de discurso de outros (e a parcela que se escolhe implica sempre o silenciamento das outras), parcelas de informação pré-existente. é na honestidade colocada na construção dessa visão que reside a distinção entre a distorção 'benigna' e a outra.
todos os jornalistas têm opiniões sobre o assunto/pessoa sobre o qual reportam. mesmo que nunca tivessem ouvido falar do dito, no espaço de tempo em que reúnem elementos para a construção da peça criam uma perspectiva. é desejável que o façam, e que o façam conscientemente. o jornalismo implica uma interpretação da realidade -- é-o sempre, mesmo que o suposto jornalista não se dê conta disso e que a sua interpretação seja a da ignorância.
ser honesto é ter consciência dessa interpretação e fazer um esforço para que ela seja, por um lado, visível, e por outro, não impeditiva da expressão dos 'vários lados da questão'. isto partindo do princípio de que todas as questões têm 'vários lados'.
todo o jornalismo é um olhar -- como o olhar televisivo, cuja falsa inocência e cuja falsa naturalidade joão lopes há anos desmonta -- e a honestidade implica que esse olhar se dê a ver, em vez de, como tantas vezes parece defender-se, se esconder.
a verdade reportada é sempre a verdade de que o jornalista pode (e quer?) aperceber-se. pureza nenhuma, senhoras e senhores. só a do olhar, que é sempre puramente individual.
|| f., 16:28
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...anda a dormir. Se estivesse acordado já tinha escrito sobre a notícia que hoje sai em vários jornais sobre o "Roteiro da Inclusão" do Presidente Cavaco. Reparou? Saiu assinada só por directores em cinco jornais diferentes (
PÚBLICO,
DN,
DE,
Correio da Manhã e
O Independente). É spin de altíssimo calibre. O detector dirá, na eventual resposta a este post, que só não disse nada porque anda preocupado com outras coisas (Timor, e muito bem). Se eu fosse dado a processos de intenção como ele tem sido na sua detecção de spin diria que já não é a primeira fez que falha na detecção do spin presidencial. Factos são factos. E processos de intenção também.
|| JPH, 16:21
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tenham medo, tenham muito medo
cheguei lá pelo
francisco
|| f., 16:14
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Carrilhismos
Há quem não cumprimente os adversários no fim de um debate televisivo. E há quem, dirigindo-se a um deputado da oposição no Parlamento, dispare: "Esteja caladinho e oiça". Foi o que fez hoje José Sócrates no Parlamento. A diferença não é nenhuma.
|| JPH, 15:46
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Vergonha
Os leitores do Glória Fácil sabem que este blogue não se caracteriza por, a propósito de tudo e de nada, se indignar desalmaldamente, passar o tempo a "exigir" - que geralmente é o verbo de quem não tem poder para "exigir" o que quer seja - demissões e esclarecimentos urgentes e o diabo a quatro. A indignação não é um bem escasso; mas é um bem que, mal usado, se gasta e vulgariza, deixando, portanto, de ser verdadeiramente indignação.
Digo isto só para deixar bem claro que não é qualquer coisa que me indigna. É preciso que seja algo de verdadeiramente grave, pelo menos para mim, na forma como a sinto. E hoje isso aconteceu. Deu-me a volta ao estômago saber, pel'
O Independente, que o procurador que liderou a investigação a José Luís Judas participou num jantar de campanha do PS, nas autárquicas de 2001, em alegre e distendido convívio com personagens como o próprio Judas, Joaquim Raposo (penso que ainda sob investigação na Amadora), José Lamego e Jorge Coelho.
Para mim é assim evidente:
1. O procurador deve ser penalizado por isto, sob pena de todo o Ministério Público se deixar manchar por esta vergonha;
2. O processo deve ser reaberto.
|| JPH, 12:55
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quinta-feira, maio 25
Na mouche
A propósito da conversa sobre a infantilidade dos homens que a
Ana iniciou e
eu continuei, o José Bandeira - um dos dois melhores cartoonistas do país, não sei se já disse -
recordou-nos algo que tinha guardado no baú. Na
mouche, como sempre.
|| JPH, 12:04
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Mau Clube
"Mau jornalismo" foi o tema de ontem do Clube dos Jornalistas, na RTP-2. Participantes: dois provedores dos leitores (PÚBLICO e DN), uma académica (Felisbela Lopes) e o moderador, Ribeiro Cardoso, que na verdade não modera coisa nenhuma, limita-se a usar o programa para partilhar com o universo as suas opiniões. No programa foram referidos vários exemplos de mau jornalismo: uma capa do 24 Horas, outra do Expresso, a leitura do direito de resposta de Carlos Cruz na TVI, o caso do "arrastão" de Carcavelos.
No final foram ouvidos alguns responsáveis editoriais sobre estes casos. Mentira, estou a brincar, não foram nada (juro). Aquele velho princípio de "ouvir a outra parte" não passou ontem pelo programa. Falemos, então, de mau jornalismo.
|| JPH, 11:14
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quarta-feira, maio 24
tápápará tápápará
dedicado à joão (por causa dos princípios) e ao
lomba (por causa da onomatopeia)
I've nothing much to offer
There's nothing much to take
I'm an absolute beginner
And I'm absolutely sane
As long as we're together
The rest can go to hell
I absolutely love you
But we're absolute beginners
With eyes completely open
But nervous all the same
If our love song
Could fly over mountains
Could laugh at the ocean
Just like the films
There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely
Nothing much could happen
Nothing we can't shake
Oh we're absolute beginners
With nothing much at stake
As long as you're still smiling
There's nothing more I need
I absolutely love you
But we're absolute beginners
But if my love is your love
We're certain to succeed
If our love song
Could fly over mountains
Sail over heartaches
Just like the films
There's no reason
To feel all the hard times´
To lay down the hard lines
It's absolutely true
(absolute beginners, david bowie)
|| f., 20:07
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Explicação dos homens
Cara Ana,
Tens, à tua frente,
dois homens maiores de 30 anos a trocar cromos. E pedes socorro: "Alguém que apareça e me explique o fenómeno."
Muito bem, eis a explicação. Na nossa civilização (ocidental, judaico-cristã, mas parece-me que também noutras, nomeadamente no Oriente) os homens são todos infantis. Todos. Sem uma única excepção, posso-te garantir. E todos desde que nascem até que morrem. Só há uma diferença entre eles: uns conseguem ganhar dinheiro com isso (o Bill Gates, o Cristiano Ronaldo, o Ricardo Araújo Pereira); outros não (eu).
O que se passa, actualmente, é que o pós-modernismo nos fez sair do armário (por assim dizer). Agora os homens já se importam cada vez menos de assumir a sua infantilidade. Acham até - e disso as mulheres têm culpa - que há um certo charme nessa infantilidade. Tentam converter os defeitos em qualidades e pô-los ao serviço da sedução.
As crianças procedem da mesma maneira. Fazem birras por uma única razão: apetece-lhes. Depois, ao perceberem o pânico adulto, instrumentalizam a coisa. Rentabilizam-na. Compram aos pais carinho, rebuçados, brinquedos e idas ao McDonalds. Com sucesso.
Ficam assim os homens a achar que a receita pode durar para sempre. Devo-te dizer que, nos casos que conheço, com algum sucesso. O pós-modernismo é uma mulher comovendo-se com o choro contido de um homem (forma adulta da infantil birra). Sei (contaram-me) de belas noites sexuais assim conquistadas.
A infantililidade é portanto, acima de tudo, uma manha. Conquanto os homens não mantenham na idade adulta o hábito infantil de não gostar de tomar banho, parece-me que as mulheres (em geral) toleram isto. Venha limpinho e lavadinho, é o que interessa. O resto logo se vê.
Outras das estratégias da infantilização é o humor. Como sabes, hoje em dia as mulheres estão obrigadas a dizer que, no amor com um homem, dão muita importância ao "humor". O
mainstream mediático feminino (vulgo: revistas de gajas) espalharam esta imposição. Uma mulher que diga que o "humor" é secundário ou mesmo irrelevante num homem é vista quase como uma grande chatarrona em potência. Quiçá, lésbica.
Homem que é homem, hoje em dia, tem assim que ter muita laracha; e mulher que é mulher, hoje em dia, tem de se rir imenso das suas graçolas. Gostar disso. Achar mesmo, depois de uma piada bem esgalhada, algo como "ora aqui está um tipo com quem não me importava de coisa e tal".
Ora nós, os homens, estamos muito atentos (mais do que se pensa) à evolução do pensamento feminino. Se o que está a dar é rir, então fazemos rir; se o que está a dar é colecionar cromos, então colecionamos cromos; se o que está a dar é ir jogar
playstation com os amigos, então jogamos
playstation com os amigos. Junta-se o útil ao agradável.
É por nós que o fazemos; quero dizer: é por vocês, mulheres. Encara portanto o "fenómeno"que se passa aí à tua frente como uma homenagem. E desconfia dos homens que não sejam infantis. Algo de terrível lhes deverá assombrar a vida. À cautela, denuncia-o às autoridades.
|| JPH, 15:12
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I beg your pardon?
Azeredo Lopes, presidente da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), afirma hoje no DN o seguinte:
1. A ERCS irá analisar o "caso Carrilho".
2. Sublinha, contudo, que a ERC não funciona "
a reboque de casos conjunturais".
Ah não? Então a ERC, que "regula" a Comunicação Social, recusa
funcionar a reboque de "casos conjunturais", que são o território por excelência do jornalismo (aqui e em qualquer parte do mundo)? Só uma perguntinha: a ERC admite emitir então uma qualquer douta opinião sobre o assunto
antes das próximas eleições autárquicas (2009)? Ui, ui, isto promete.
PS1.
Azeredo Lopes diz que a ERC vai pedir à RTP uma cópia do Prós & Contras para analisar o programa. Como? Será que não têm lá uma merda de uma televisão com uma porra de um gravador (vídeo, DVD, o que seja)? Coisinhas destas, pequeninas e ridículas , descredibilizam a "regulação" do jornalismo. Logo, o próprio jornalismo. Logo, eu próprio, que juro não ter culpa absoluta nenhuma nem das pomposidades formais da ERC nem do seu pindériquismo.PS2.
O "caso Carrilho" nasceu no dia 11 de Maio, dia em que foi lançado o seu Sob o signo da verdade. Para esta semana - duas semanas depois - o Sindicato dos Jornalistas promete, em conjunto com o Conselho Deontológico, uma tomada de posição. A mim ninguém me ouviu. Se calhar é normal. Se calhar só precisam de conhecer o livro. Se calhar não acham importante conhecer a campanha propriamente dita por alguém que não o próprio Carrilho. Se calhar é-lhes irrelevante o que no livro é verdadeiro e o que no livro é falso. Aguardemos.
|| JPH, 14:14
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Confirma-se...
...as audiências subiram. Não sei se é do prof. Carrilho se de ter
tirado a música. À cautela, obrigado a ambos.
|| JPH, 13:49
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terça-feira, maio 23
Desonestidade bárbara (II)
Ao contrário de Maria Cavaco Silva, Bárbara
acrescenta notoriedade ao seu marido e, sobretudo, afectividade nos contactos populares de campanha, (essenciais não por si mas pela imagem televisiva que geram). Bárbara é, por assim dizer, um trunfo eleitoral - pelo menos pode ser considerada como tal. Quem viu, pode confirmar: na campanha, acções de rua de Carrilho com Bárbara eram uma coisa (gerava-se empatia); acções de rua sem Bárbara eram outra (frieza, muita frieza). E mil vezes o candidato ouviu o muito cruel "olha lá vai o marido da Bárbara Guimarães".
Por outras palavras: Maria Cavaco Silva é "só" família; Bárbara Guimarães não é "só" família (por mais que o Dinis Maria seja exibido como forma de legitimar essa imagem). É isso e muito mais. É algo que pode - muito legitimamente - ser considerado um trunfo eleitoral. Nessa medida, a sua participação na campanha do marido não pode deixar de ser eleitoralmente medida (e na campanha de Carrilho foi-o) e politicamente avaliada. Logo, pode muito legitimamente ser vista como uma instrumentalização eleitoral do casamento, um uso político do domínio privado - interpretação que o próprio casal legitimou com aparições controladas em
capas de revistas do socialite.
Carrilho ainda hoje não quer compreender isto. Na altura também não compreendeu outra coisa: que a "matilha" lhe desmontou a esperteza saloia; que, a partir daí, Bárbara foi mais ruído do que trunfo; e que, finalmente, o eleitorado não pode ser tomado por parvo. Quando vota é em quem se candidata; não no seu cônjuge.
|| JPH, 20:30
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Desonestidade bárbara (I)
É desonesto fazer comparações entre as participações de Bárbara Guimarães e Maria Cavaco Silva (o exemplo mais referido por Carrilho) nas campanhas dos respectivos maridos.
Entendamo-nos: uma e outra têm notoriedades completamente diferentes. Uma (Bárbara) tem uma elevadíssima notoriedade própria, aliás superior à do marido em alguns sectores (no "povão", por exemplo), por via da sua profissão televisiva; a outra, Maria Cavaco Silva, só a conhecemos porque é mulher de Cavaco Silva. Está aí a diferença e a diferença é importante.
Porque Cavaco Silva não precisa, em rigor, da mulher a seu lado para suscitar adesão às suas acções de campanha. Ele tem um valor próprio suficiente nesse capítulo e o facto de ter usado a família na campanha destinou-se apenas a
consolidar/confirmar a sua imagem pública de homem com uma carreira fortemente respaldada na família. Mais do que os nomes dos membros da sua família o que ali interessava era a imagem de harmonia e tranquilidade.
Com Carrilho e Bárbara isto não é bem assim. Ele tem um valor próprio (como personalidade pública) mas ela também. Ela, aliás, tanto nas elites (por via do seu programinha cultural da SIC-Notícias) como no "povão" (por via do que fez antes deste programinha), algo de que Carrilho não se pode orgulhar.
|| JPH, 20:29
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"Problemas com o blog"
O
Lugar Comum implodiu ao fim de meia-dúzia de dias.
Isto prova:
a) que Daniel Oliveira não é o único que faz implodir blogs
b) que a nossa geração passou a ter, a juntar aos outros, "problemas com o blog"
|| asl, 19:51
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Carrilhada
O
jph já escreveu sobre o debate da carrilhada. O
Rui também vai muito bem.
O meu olhar era… fresh look: deitei-me a contar quantas vezes Carrilho disse "eu".
Perdi a paciência por volta dos 35 "eus", apenas na primeira parte.
(Desconfio que o senhor saiu do programa como o ego aconhegado!)
|| portugalclassificado, 17:47
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Mais cromos
Aqui à minha frente estão dois cidadãos maiores de 30 anos a trocar cromos do Mundial. Socorro. Alguém que apareça e me explique o fenómeno
|| asl, 15:33
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Descarrilhou
Vi ontem o Prós & Contras (RTP-1). Pela primeira vez de fio a pavio. Dei a noite por ganha, devo dizer. E assim, pela enésima vez, vou voltar ao "caso Carrilho" e ao seu
Sob o signo da verdade. O assunto interessa-me por várias razões: discute-se jornalismo; discute-se um livro (que li); discute-se um livro sobre uma campanha que cobri. Eis como vi o debate, interveniente a interveniente. Dizendo, desde já, que, apesar de às vezes ter sido demasiado vivo, me pareceu uma "conversa" importante e relativamente clarificadora.
Emídio Rangel: Esta sua condição recente de Grande Guardião da Moral Jornalística Nacional pura e simplesmente não pega, conhecendo-se o seu percurso. Tendo detido o poder que deteve, evidentemente não pode agora encenar um discurso virginal sobre o poder maléfico das agências de comunicação. E o mesmo se passa quanto à sua indignação face à exploração pela SIC do episódio do aperto de mão - logo ele, que foi quem por cá inaugurou a espectacularização dos debates televisivos. Ricardo Costa e Pacheco Pereira conseguiram colocá-lo perantes estas contradições. Em Rangel - como em Carrilho - o problema é o mesmo: não tem credibilidade para lançar este debate. O que é pena.
Ricardo Costa. Preparou-se bem. Não hesitou em protagonizar com Rangel uma espécie de parricídio público. Penso que ficou claro que no episódio do aperto de mão, Carrilho só mentindo é que argumenta que não sabia que estava a ser filmado. Fez bem em recordar que escassos dias depois do episódio Carrilho já sorria e cumprimentava Carmona. A indignação, pelos vistos, foi de curta duração. Para mim Ricardo Costa só se esticou nas suas longas explicações sobre agências de comunicação. Eles nesse mundo são maiores e vacinados, não precisam de ninguém que os explique. Fez muito bem em recordar a colectânea de entrevistas manipuladas (sem autorização dos co-autores) por Carrilho e o artigo deste sobre Morais Sarmento. São dois belos retratos do personagem.
José Pacheco Pereira. Esteve muito bem ao tentar sistematicamente puxar o debate para o livro e para a sua tese central: movidos pela inveja e comprados pelo imobiliário (através de uma agência de comunicação), vários jornalistas e comentadores destruiram a campanha de Carrilho. Este fugiu sempre a esta leitura do livro, fuga que só prova que o livro não passa da justificação de uma humilhante derrota através da colagem de uma série de "factos" através da invenção, adivinhação e processos de intenção. Parece-me que se conseguiu explicar bem ao acusar Carrilho de ter usado no livro todos os truques de que se queixa.
Manuel Maria Carrilho. Acabou o debate aos berros, completamente fora de si - enfim, Carrilho no seu "melhor", o "melhor" que o derrotou nas autárquicas e o voltou a derrotar ontem. Cobardemente, evitou sempre o tema da corrupção no jornalismo (repito: tema central do livro, basta lê-lo) porque, evidentemente, não tem sombra de provas para escrever o que escreveu. A esta hora já está a pensar numa vingança qualquer.
E pronto, é tudo. Vou fazer só mais um postinho sobre a "questão" Bárbara. Haja paciência.
|| JPH, 12:06
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segunda-feira, maio 22
Chico é Deus
Eu nunca diria isto, sob pena de alguém me tomar por uma espécie de Santa Teresa de Ávila. A frase é de João Miguel Tavares, um "chicólogo" da praça que está ali à frente na redacção. O JMT já tem o "Carioca",
a mi pesar.
Mas fiquei tão contente com a
prenda do Chico da
Origem das Espécies! (só hoje vi)
Mas, ontem, por exemplo, encontrei o
Ivan nos Armazéns do Chiado, e fomos parar ao Chico Buarque (ele gosta menos do que eu). Depois, fui para casa fazer o jantar. E, eu que já não ouvia Chico há praí 15 dias, acabei a temperar o frango e
Não se afobe não que nada é pra já
O amor não tem pressa
ele pode esperar
no fundo do armário
na posta restante
milénios
milénios no arA minha vida é uma esplêndida monotonia
|| asl, 18:19
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E ninguém fala da bola, men?
Um especialista espanhol em toxicodependência alertou hoje para o crescente aparecimento de vícios sem drogas, como a Internet ou o sexo, e lamentou que a comunidade científica não faça o diagnóstico destas dependências.Durante o XIX Encontro das Taipas, que decorre hoje e terça- feira em Lisboa, Carlos Alvarez Vara, da Agencia Antidroga de la Comunidade de Madrid, falou sobre "Dependências Patológicas sem Substâncias Psicoactivas". Salientando que "ser dependente é não controlar a relação com a substância", Carlos Alvarez Vara afirmou que nos últimos anos têm surgido cada vez mais casos de relações deste tipo com objectos em vez de drogas. (da Lusa)
|| asl, 17:20
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Prós & Contras
Hoje Manuel Maria Carrilho irá ao Prós & Contras debater o seu livro. Segundo leio nos jornais terá do seu lado Emídio Rangel. Os outros debatentes serão Ricardo Costa e Pacheco Pereira. Por outras palavras: quatro pessoas que conhecem o livro de Carrilho; mas uma única que viveu a campanha dia-a-dia (o próprio Carrilho).
Se bem conheço o prof. Carrilho, aproveitará sobretudo para atacar quem não estiver no programa para se defender. Se bem conheço Rangel, nunca explicará porque razão nunca se queixou a ninguém de direito sobre casos concretos de corrupção no jornalismo.
Se bem o conheço, voltará a jurar que nunca ninguém na sua candidatura mediu politicamente os prós e contras da participação da sua mulher na campanha.
Se bem o conheço também, irá insistir na ideia de que Bárbara Guimarães só apareceu três vezes até à campanha começar (como diz no livro). Esquecer-se-à convenientemente de dizer que, depois, no período oficial, apareceu todos os dias - ou seja, não apareceu três vezes mas pelo menos 15, para já não falar em várias iniciativas fora da agenda pública da candidatura.
Se bem o conheço, esquecer-se-á de recordar, também, que, depois da polémica do "vídeo familiar" - em Junho - quem ressuscitou a "questão Bárbara" não foi nenhum jornalista mas sim um seu camarada de partido, Jorge Coelho, num jantar-comício na FIL, em Julho, através de um apelo à mulher do candidato para que não se deixasse condicionar e continuasse a aparecer, porque o "povo" e o PS assim o queriam. Ou seja: esquercer-se-à de dizer que
a politização da "questão Bárbara" passou, ao mais alto nível, pelo seu próprio partido.
Se bem o conheço, nunca admitirá que, de todos os candidatos a Lisboa (Carmona, ele próprio, Ruben de Carvalho, Maria José Nogueira Pinto e José Sá Fernandes) era ele o que
pior conhecia Lisboa.
Se bem o conheço, nunca admitirá as hesitações que existiram na sua candidatura face à exploração do chamado "mensalito" de Carmona, esquecendo-se também de referir que se ele próprio só tomou conhecimento do caso porque a "matilha" a revelou.
O que eu gostaria que ficasse bem claro no Prós & Contras de hoje à noite é o seguinte:
1. Há, evidentemente, problemas nas coberturas mediáticas nas campanhas, o mais grave dos quais será uma excessiva atenção aos fait-divers (mas o caso Bárbara/Diniz Maria não é um fait-divers).
2. Haverá, por outro lado, problemas de corrupção no jornalismo - admito-o perfeitamente, pela simples razão de que há sempre corrupção onde há poder - que urgem ser averiguados por quem tem autoridade para isso.
3. Só que, de todas as pessoas possíveis, Manuel Maria Carrilho é a última a ter o mínimo de autoridade para invocar isso em sua defesa porque toda a sua campanha foi, do princípio ao fim, uma alucinante sucessão de erros dos quais ele foi, na maior parte dos casos, o principal protagonista. O personagem desacredita a própria discussão que tenta desencadear.
Por último: Sou referido no livro de Carrilho. Criticamente, claro. O conteúdo das críticas é, no essencial, canalhote. Há níveis a que não baixo, no que pessoalmente me toca.
|| JPH, 14:42
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Nota aos leitores
Pronto, levem lá a taça! A pedido de muitas famílias acabei com a grafonola do Glória. Agora, para ouvir qualquer coisa só se for a TSF ou a Radar. Mas fica o aviso: ou as audiências aumentam ou a grafonola volta!
|| JPH, 14:35
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sexta-feira, maio 19
Nada melhor do que um automóvel para exercer a crueldade. É toca e foge. E faz-se bem todo o ano. No inverno, por exemplo, nada mais divertido do que passar propositadamente sobre as poças encharcando quem vai no passeio. É de morrer a rir. Já quando faz sol, a minha preferida é a dos ciganitos romenos que nos querem vender Bordas d´Água quando estamos parados nos semáforos. Eu pego-lhes no almanaque e pouso-o no
tablier. Depois faço tempo a procurar trocos. E quando o semáforo abre piro-me, sem lhes dar nada! Pelo retrovisor topo os olhares desconsolados dos miúdos, eh, eh, eh.
|| JPH, 19:34
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MSGT (III)
Ser sócio da MSGT implica uma boa acção por dia. Boa, no sentido de competente. Hoje, por exemplo, esmigalhei uma pombinha com pneu dianteiro direito do meu carro. Toda a gente que conduz sabe como é difícil. Posso folgar no fim de semana?
|| JPH, 19:14
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Parece-me bem, esse Movimento das/dos Sem um grama de Ternura no Coração (MSGT). Quero o departamento do agit-prop (relações com agências de comunicação e tal, estão a ver). Já
aqui me tinham feito sócio fundador de outra agremiação. E dizem-me que está prestes a nascer a ANVMN (Associação do Não Vás ao Médico, Não). Não há salário que pague tanta cota. Quota, quero dizer. Ou cota? Olhem, sei lá, isso.
|| JPH, 18:53
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MSGT
eu e a asl (ainda não le disse nada, é surpresa) e talvez o jph (se ele pedir muito e demonstrar que é genuinamente empedernido) vamos fundar o movimento sem um grama de ternura. o nome completo é: movimento das/dos sem um grama de ternura no coração. também pensámos que podia ser o msppp -- movimento sem paciência para parvalhões, mas depois achámos que corríamos o risco de ficar sós contra o mundo.
só para mim, fundei a agremiação das que não sabem escrever elucubração.
a comissão instaladora,
|| f., 17:54
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caro jph, da tua sapatóloga
esses sapatos, sejam como forem e do que forem, já devem estar podres. e isso, para além de só se admitir em sem abrigo, não pode ser bom sinal. tsss tssss.
(mas, já agora, são aqueles que me mostrasteS no outro dia nos bichos? já te disse na altura o que pensava. não queres que o repita aqui, à frente desta gente toda, pois não?)
|| f., 17:50
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À nossa sapatóloga
Dear f.,
E o que dizer de um gajo que só tem um par de sapatos - muito caro, por sinal - e que o usa durante seis anos a dez anos seguidos até que da sola quase já só resta a memória?
|| JPH, 17:38
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Declaração de rendimentos
O
Rui defende que os jornalistas deveriam ser obrigados a preencher uma declaração de rendimentos, como os políticos já são. Plenamente de acordo (a sério). Por mim, mandem-me o formulário do modelo NTOCM (Não Tem Onde Cair Morto).
|| JPH, 17:34
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sapatologia
nunca falha. olhamos para o que uma pessoa calça (ou sonha calçar) e zás, vislumbramos-lhe a alma. há poucas coisas tão eloquentes sobre o que alguém é, pode e quer ser como o sapatinho. o príncipe da cinderela lá tinha as suas razões.
devia haver tratados (e se calhar há) sobre isto.
|| f., 15:13
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vá lá
é bom saber que não se erra sempre (sou capaz de ser melhor em intuição que em ortografia). bem me parecia que um certo canídeo era fêmea -- há coisas que não se disfarçam assim tão bem. só falta, agora, assumir a autoria. coragem, vá.
|| f., 15:04
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private códigos
não,
pedro. estamos à espera do filme.
|| f., 14:05
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elu de...
|| f., 14:05
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opróbrio e vergonha, sim, ó, e a 26ª lei da blogosfera
não tendo aqui à mão um verso do dante que se adeque à celebração desta profunda desgraça, resta-me o uso que doravante todos me reconhecem limitado da língua portuguesa. e-lu-cu-bra-ções é mesmo com dois uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!
elucubrações
elucubrações
elucubrações
elucubrações
e
elucubrações
eu sou mas é uma ganda burra. quis fazer uma gracinha com o pacheco pereira e zás. tungas. levei a adequada e mui justa reguada.
por quem me tomo eu, hum? com tanto dicionário à minha volta, que prodígios de arrogância me impediram de neles certificar a justeza do meu ímpeto?
e se eu fosse mas é fazer a quarta classe outra vez?
salva-se daqui a 26ª lei da blogosfera: nunca fazer reparos sobre a ortografia alheia sem ter a certeza a-b-so-lu-ta mas mesmo ab-so-lu-ta de que se está do lado da razão (e logo eu, que detesto erros de ortografia. outro como este e passo à clandestinidade).
sim, continuem a mandar emails paternalistas. eu mereço tudo.
|| f., 13:42
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quinta-feira, maio 18
eluquê?
a crónica de pacheco pereira, hoje no público, é como (quase) sempre obrigatória (e o link está como sempre indisponível).
a comparação entre o menino guerreiro e o sagaz maquiavel que afinal só queria um grama de ternura é uma delícia.
como o é a descrição da reinauguração do campo pequeno, com a sua 'recriação do portugal tradicional' -- 'como eu sou do porto', diz jpp, 'onde não há touros, o único fadista conhecido era o neca rafael e o único fado popular era o 'já estás com os copos', não me lembro dessa 'tradição' assim tão portuguesa, mas percebo muito bem o que nos querem dizer'.
mas 'elucubrações', do menino guerreiro ou de outro qualquer? ai ai. isto em quem cita dante e tem aqueles triliões de bibliotecas não se admite
(já eu, por exemplo, posso escrever bróculos com u que ninguém se admira -- é com coisas destas que o manuel maria carrilho se indigna, não é?)
|| f., 16:47
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Sob o signo de qualquer coisa
Manuel Maria Carrilho fez hoje a sua primeira intervenção deste ano no Parlamento. Nos corredores anunciou à "matilha" que vai pedir à Entidade Reguladora da Comunicação Social que analise o seu livro.
PS1. A
total ausência, este ano, de qualquer intervenção do deputado Carrilho no plenário parlamentar é verificável no site do Parlamento.PS2.
Certamente por lapso, Carrilho esqueceu-se de pedir à PGR que investigue o alegado financiamento ilegal de candidaturas políticas por "agências de comunicação", assunto bastante referido na sua obra.
|| JPH, 16:10
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clap-clap
|| f., 15:53
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quarta-feira, maio 17
impulse
e se de repente uma desconhecida nos pedir uma reportagem?
devemos perguntar-lhe ao que vem, donde e para quê (nunca se sabe se não tem mão de agências de comunicação, cunhas, do vaz ou doutro qualquer) ou concluir, puramente e muito mas muito simplesmente, que isto é só um elogio profissional um bocadito arrevezado, tipo viu uma coisa bem feita no el pais e achou que eu era a única grande repórter deste país capaz de fazer uma remake?
é que as outras hipóteses são um nadinha desagradáveis, e eu não gosto de pensar coisas chatas de pessoas que não conheço de lado nenhum. de lado mesmo nenhum.
(ajudava, claro, um apelidozito junto ao nome próprio -- sempre tornava o caso definitivamente pessoal)
|| f., 22:03
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e continua
vai ter de me explicar isso como se eu fosse muito estúpida, sôdona luísa
|| f., 19:38
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continuação
isto hoje anda
muito animado. qual é exactamente a questão, dona luísa?
|| f., 16:17
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tanããããããã..... (rufar de tambores, etc)
e a
opinião é... (já agora, com a transcrição correcta, if you please: "Excluir do tratamento as mulheres infertéis que não estão 'em casal' foi uma decisão tomada pelos deputados do PS, desfazendo as ilusões do PCP e BE sobre um consenso de esquerda. Decreta-se, assim, o ideal da família biparental e heterossexual, relegando as mães solteiras para os acasos da vida. O medo do veto de Cavaco é uma das justificações" -- entrada de
artigo de dn, 16 de Maio).
|| f., 15:04
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terça-feira, maio 16
Parabéns a você
Para o Francisco (atrasados) e, pronto, para o Brosnan também
|| asl, 16:25
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Tá a ficar velho, é o que é
O
Xico fez anos ontem e não disse nada a ninguém.
|| JPH, 15:25
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Deve ser gralha
O Público diz que este senhor faz hoje 54 anos
|| asl, 13:19
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Radar, here I go
Ouvindo de manhã a TSF confirma-se o pesadelo: já estamos a ser encharcados de Mundial até à náusea. Isto para já não falar do número tristemente habitual dos jornalismo patriótico, "estamos cá é para apoiar a selecção"
and so on, and so on...Até gosto de futebol, juro. Não percebo nada mas gosto. Mas há coisas que me fazem detestá-lo e raramente se passam no campo. Uma delas é esta enxurrada "mediática" à volta da selecção. O Governo, esse, agradece: não há pão mas há circo. Do mal o menos.
|| JPH, 11:41
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segunda-feira, maio 15
Proposta indecente
Dado o seu evidente domínio da matéria, sugiro ao Miguel que lance uma
Afinsa dos cromos. A sua assumida formação cristã garante-lhe, à partida, dois mil anos de saber acumulado em gestão empresarial.
|| JPH, 19:41
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Carrilho - agora a sério
1. Ler blogues é importante. É mesmo muito importante. Fica-se com uma ideia de como pensam os não-jornalistas. No caso de Carrilho, é notório que o
sentido geral das opiniões manifestadas na blogosfera salienta o descrédito do personagem.
2. Nessa medida - o descrédito do personagem - considero que a resposta a Carrilho pelos visados, entre os quais me encontro, deve ser apenas no campo da opinião, mesmo que o personagem tenha ido nas suas criticas ao jornalismo muito para além de meros comentários (insinuou crimes). Mas dar crédito a Carrilho ao ponto de o processar seria tão rídiculo como ver um árbitro processar o Emplastro [na foto] por este falar em corrupção no futebol.
3. Isto não quer dizer que quem de direito (o Ministério Público) não abra inquérito, tendo em conta o que Carrilho escreveu (e o que disse Emídio Rangel na apresentação do livro). Por duas questões diferentes: a corrupção no jornalismo; e o alegado financiamento ilegal de campanhas políticas através de agências de comunicação. Quem tem meios e autoridade que investigue. Já agora, convinha que o
Sindicato dos Jornalistas dissesse qualquer coisinha.
4. A importância destes dois assuntos só me faz lamentar ainda mais que quem os tenha levantado sejam pessoas desacreditadas e movidas pelo ódio (Carrilho por causa da sua derrota, Rangel por causa da SIC). Mas enfim: suponho que a quem investiga interessa mais o
que é dito do que
quem o diz.
5. O Paulo Gorjão
criticou "
a forma exagerada como os jornalistas estão a reagir ao livro de Manuel Maria Carrilho". Garanto-lhe, caro Paulo, que se ninguém tivesse dito nada certamente seria criticado à mesma, sob a acusação de "quem cala, consente", "omertá corporativa", etc, etc, etc. Por outras palavras: preso por ter cão, preso por não ter. Uma coisa parece clara: "os jornalistas" é uma entidade que, neste assunto, não tem existido. Alguns dos visados responderam; outros não. O comportamento tem sido, portanto, tudo menos "corporativo" e/ou auto-organizado. Não censuro quem não tenha respondido. Por mim falo, antes que alguém o faça por mim.
|| JPH, 17:20
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sábado, maio 13
sob o signo da verdade 5
as sandálias marc jacobs também era muito giras. gosto daquela coisa das cerejas no topo.
|| f., 20:30
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sob o signo da verdade 4
e não é que os malandros dos lobbies e do betão e mais não sei quê continuam a largar a pasta para a malta dizer mal, seis mesesdepois das eleições? aquilo é que é gente de rancores.
|| f., 20:28
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sexta-feira, maio 12
pela causa do costume
No âmbito da realização de um Doutoramento sobre o tema "Novas Famílias Emergentes e o Individualismo Ocidental", da área de Sociologia da Familia, orientado pelo Professor João Teixeira Lopes, o doutorando Adalberto Ribeiro solicita a colaboração de casais de lésbicas, que vivam em união de facto, para a realização de uma entrevista, em total anonimato.
A contactar directamente com o próprio, através de:
email:
dalby.acuarium@sapo.pt telemóvel: 918980382
|| f., 20:20
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sob o signo da verdade, 3
para o caso de alguém querer comprar-me a peso de ouro, são 55 quilos.
|| f., 16:12
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sob o signo da verdade, 2
acho que se pode dizer que estou cheia de inveja da bárbara por ter um vestido tão giro.
|| f., 16:11
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sob o signo da verdade
a jornalista bárbara guimarães estava com um vestido muito giro, ontem. aliás, estava muito gira. a bárbara guimarães é muito gira. e jornalista. gostava de saber onde comprou aquele vestido, para ir lá ver se compro um para mim. não interessa o preço: nós, os jornalistas, temos meios de fortuna variados (variegados, até), mesmo se alguns de nós, azougadamente, de vez em quando gostamos tanto de dizer mal de certas pessoas que nem precisamos de ser comprados.
(espero é que não vá a matilha toda comprar aquele vestido)
|| f., 16:02
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Nota aos leitores
O post
Os meninos à volta da fogueira foi rectificado. Uma história interessante, talvez, para a
patrulha blogosférica das "fontes".
|| JPH, 13:55
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Vingança bárbara (IV)
1. Uma das acusações de que sou alvo no livro de Carrilho é a de ser...casado. Citando: "curiosamente casado com..." Desta não estava à espera. Como é que um tipo se defende disto?
2. Assim como reconheço autoridade ao Professor Carrilho para perorar sobre a instrumentalização profissional de casamentos, também reconheço autoridade a Emídio Rangel para falar sobre agências de comunicação: basta lembrarmo-nos de como ele teorizou sobre modos de "vender" candidatos assim como quem vende sabonetes.
3. Numa parte homenageio o Professor. Ele não aproveitou o livro para me desmentir a notícia - que escrevi citando-o - em que ele prometia "terraplanar" o Parque Eduardo VII. Fica para o volume II.
4. Na foto: Carrilho, Bárbara e o respectivo filho numa reportagem da
Caras em Junho de 2005 (período de pré-campanha eleitoral autárquica). É deste "jornalismo" que o Professor gosta: dócil, autorizado e a pedido.
|| JPH, 13:13
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quinta-feira, maio 11
Os meninos à volta da fogueira (act.)
[Foto
oficial da Presidência da República de um encontro entre o Presidente e os jornalistas que seguem Belém. O encontro foi convocado como sendo para uma conversa
off dos jornalistas com o chefe da Casa Civil, Nunes Liberato, e com o assessor de imprensa, Fernando Lima. A certa altura -
surprise, surprise! - aparece-lhes o próprio Presidente Cavaco, com quem trocam umas palavrinhas de ocasião. O que tinha sido inicialmente apresentado como um encontro
off passou então a merecer fotografias no próprio
site da Presidência. Uma história exemplar - penso eu - para a patrulha das "fontes".]
|| JPH, 16:04
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Vingança bárbara (III)
Calma, dr. Ferro Rodrigues. Ainda não está absolutamente garantido que o Professor Carrilho lhe vá fazer companhia em Paris. Escusa de pedir já transferência.
PS.
Sim, mas a pergunta impõe-se: com que dourado exílio o Governo premiará o Professor pela coragem de enfrentar a canzoada jornalística?
|| JPH, 15:42
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Vingança bárbara (II)
Manuel Maria Carrilho revela no seu livro um interesse extraordinário pelos casamentos inter-jornalistas. Muito naturalmente, digo eu. No que toca à instrumentalização profissional dos casamentos, o Professor tem tido um percurso que fala por si. Por ele, quero dizer.
|| JPH, 15:16
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Vingança bárbara
Nunca fui, no jornalismo, alvo de um processo judicial; o meu nome não aparece, que eu saiba, nas escutas do processo Casa Pia. Pior mesmo para a minha carreira só se perceber que não sou alvo de nenhuma referência negativa do professor Carrilho. Por isso, caro Professor, fica daqui o aviso: se não me insultar, eu processo-o!
|| JPH, 13:34
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Cromos
Suspeito que
aqui também alguém esteja a fazer a colecção. Suspeito que eu próprio não a fizer nada terei para dizer nos próximos meses. Vou pedir ao meu filho que me ajude. É melhor que ele se habitue: nos dias de hoje os pais não dão prendas aos filhos; só as emprestam.
|| JPH, 12:56
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quarta-feira, maio 10
Miguel Marujo conta tudo
O grande segredo do momento, a maior das confidências nos patamares dos empregos, aquilo que se sussurra pelas esquinas, acabou de ser revelado sem pudores pelo Miguel na
Cibertúlia. Mais uma vez, a blogosfera adianta-se à imprensa tradicional na divulgação de uma ganda notícia: eles andam (mesmo!) a coleccionar cromos!
(oh, até gostava de gostar)
|| asl, 22:23
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Banda sonora
Pronto, já chega de Bruce Springsteen e os seus 17 malucos (alguns da banda do Conan O'Brien) a divertirem-se que nem uns cabindas cantando coisas do Pete Seeger. Já rodou o tempo suficiente para nos chegarem ecos de leitores de foram a correr comprar o disco (estão a ver como a divulgação das músicas na net não é necessariamente contra-producente para a "indústria"). Agora rodam as The de Castro Sisters, conjunto vocal feminino norte-americano (mas nascido em Cuba) que vendeu muito nos States nos anos 50. E perguntam-me V.Exas, queridos leitores:
- Ouve lá ó Jótapê, mas tu voltaste a não tomar as gotas? Afinal o que é tem a ver essas de castro sister ó lá que é com a mãe do Tony Soprano [na foto]?
Calma leitores, calma. Já me explico. Segundo a irmã do Tony Soprano, as De Castro Sister eram a banda favorita da srª dª Livia Soprano (fabulosamente representada pela actriz Nancy Marchand). Paradoxalmente, nada faz mais sentido. Sempre que me lembro da dª Livia só penso em bandas de heavy satânico e coisas assim. Mas isso seria demasiado óbvio e nada nos Sopranos é óbvio (excepto o facto de ser, de longe, a melhor série televisiva alguma vez produzida ao cimo da Terra). Os Sopranos (série inicial) estão a dar no Hollywood, em blocos king size (dois episódios de cada vez). Lamentavelmente, colidem com os Sete Palmos (cuja nova série é insuportavelmente deprimente, deixei de ver, decisão que, para mal dos meus pecados, não está a ser acompanhada pela autoridade conjugal).
|| JPH, 15:02
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MES - Uma rectificação
Do senhor embaixador Francisco Seixas da Costa, actualmente colocado em Brasília, recebemos uma rectificação a
este post, na parte em que se refere ao número de ex-MES no primeiro Governo de António Guterres: "
Não éramos 'uma dúzia', éramos 14. Um abraço, FSC".
E pronto, está reposta a verdade histórica. Ao embaixador Seixas da Costa envio daqui um caloroso saravá! Continue nosso leitor, que muito nos honra.
|| JPH, 13:56
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terça-feira, maio 9
iNdiossincrasia 2
e o outro era o homem que ela não pensara e menos. e mesmo assim, sabendo isso, ela amava-o. ou seria por isso mesmo?
|| f., 23:06
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Cristo morreu, Marx também...
E ele próprio já não anda a sentir-se muito bem
"
O Presidente norte- americano declarou hoje que a diplomacia é a "opção mais importante" para dirimir a crise nuclear iraniana" (via Lusa)
Há aí uma data de "meus" que vão ter que atacar Teerão sozinhos. Pobrecitos. Quem ajuda? Quem abre uma subscrição?
|| asl, 18:38
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segunda-feira, maio 8
anglicismo
muitas vezes, tenho ciúmes do inglês. a língua, bem entendido. por exemplo: i beg to differ. há ironia mais subtil?
|| f., 15:58
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iNdiossincrasia
fui ver o new world, do terence mallick. fiquei desapontada.
não é que seja mau -- mas não é aquilo de que estava à espera.
talvez nunca mais faça nada como the thin red line, do qual recupera alguns dos elementos narrativos (os monólogos, por exemplo). mesmo assim, salva-se muita coisa. mallick filma -- segundo o seu costume -- como um anjo panteísta, mesmo se há um bocadinho de mito do bom selvagem a mais, e fazer da conquista da américa uma história de amor traído mapeada no rosto de pocahontas não é nada mal lembrado.
e depois, há as frases. e os diálogos. como este:
'did your find your indies, then?', pergunta-lhe ela, agora rebecca e agora em inglaterra, erigida em princesa das américas e honrada pelos reis do império, depois de trair por ele o seu povo, de quase morrer pela suposta morte dele e descobri-lo afinal vivo e mentiroso, autor da notícia da própria morte para poder partir e explorar o mundo em nome da coroa. resposta: 'i might have sailed past them'.
ou o que ela diz ao marido que não ama, depois de se despedir do único homem que amou: 'you are the man i thought and more'.
|| f., 15:50
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Última ceia (II)
Fonte algo ligada a
este assunto garante-me que os fotografados eram carinhosamente conhecidos como "os zulus". Quem lhes inventou a alcunha foi, ao que parece, Nuno Brederode Santos. Ele e outros - um tal de Jorge Sampaio, por exemplo - integraram a primeira grande dissidência do MES, logo no primeiro congresso constituinte. Os "zulus" foram ficando até à última ceia. No primeiro governo de Guterres, os ex-MES eram à volta de uma dúzia. Continuam em todo o lado. Em Belém, o Presidente mudou mas o MES continou (David Justino). O MES faz-me lembrar a resistência timorense: são hoje muitos mais do que foram na altura.
|| JPH, 15:47
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Ao pé dele o Ferro e o Pedroso foram uns sortudos
Manuel Maria Carrilho está prestes a lançar um livro sobre a campanha autárquica onde se diz alvo da "mais brutal campanha negativa no Portugal democrático"
|| JPH, 15:26
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sábado, maio 6
Lugar comum
Totalmente de acordo com o que o
Francisco diz sobre a blogosfera e a comparação com os "meses loucos" do Verão de 2003. Mas há quem resista melhor e pior: os senhores que agora se juntaram no
Lugar Comum são dos que resistem melhor...
|| asl, 22:45
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Risota!
As últimas horas mediáticas têm sido de risota...
Freitas do Amaral "ameaçava" sair do Governo, mas afinal já não sai. Tudo por causa de uma entrevista em que - sabe-se lá porquê - diz que está cansado, "estoirado". Que "sim" e "não" gostava de ser ministro quando Portugal ocupar a presidência rotativa da UE, em 2007. Que tem dores nas costas. Que trabalha 12 horas (será muito diferente do que acontece com os outros ministros?). Para chefe da diplomacia, Freitas demonstra pouca precisão nas palavras e pouca... diplomacia na muito intimista entrevista ao Expresso.
E não lembra ao Diabo dar uma conferência de imprensa para negar a interpretação de um título por um jornal e negar as interpretações de jornalistas e comentadores políticas que já viam por aí uma remodelação. Não lembra? Não... Houve no Governo quem se lembrasse da coisa.
Já estou a imaginar Freitas do Amaral a dizer que não estava cansado, que estava de pedra e cal no Governo.
Enfim, efeito de uma entrevista intimista!
|| portugalclassificado, 20:49
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sexta-feira, maio 5
qual dan brown, qual quê
vou um bocadinho atrasada na descoberta (o link é do jornal de domingo passado) mas estava na comporta a esturricar e não se apanhava o dênê em lado nenhum. absolutamente imperdível,
este texto de anselmo borges, de quem vou ousar dizer-me amiga, esperando que não me leve a mal. não é que seja uma surpresa -- as suas crónicas aos domingos no dn são das melhores da imprensa portuguesa -- e já devia ter feito isto há mais tempo, mas pronto.
|| f., 20:39
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havemos de ir a viana
ontem tivemos um do egipto. eu e a ana dançámos uma rumba aqui no dênê, de excitação. foi o amos oz, israel, jerusalem? percebeu alguma coisa? gostou?
ai, o tormento da dúvida, o estremecimento da antecipação.
será alto e moreno? e de grandes olhos? e, já agora, delineados a khol? hum?
hoje ainda não deu um ar da sua graça, mas não perdemos a esperança.
até agora, houve uma mão cheia de gente da américa do sul -- chile, bolívia, brasil, brasil e mais brasil, e um qualquer do peru, basta malta do canadá e dos eua (incluindo alguém de reading, pensilvannia que como o nome indica deve DE ler muito) e até de sítios insuspeitos como arruda dos pises, que há-de ser, segundo diz o sitemeter, para os lados de santarém.
depois digam q'isto não é um ganda blogue.
|| f., 19:59
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só pra mostrar que não sou de rancores (o que é mentira, mas pronto)
ó, deus. eu não diria melhor (tou até um bocado chateada)
e como o link não funciona bem, tenho ainda por cima de especificar que se refere ao post 'eles também procuram patroa'. apre. há séculos que andava a pensar escrever sobre esta coisa dos piropos, a começar pelo meu favorito, esse monumento ao nonsense que é o 'isso é tudo teu?', e agora olha. sinto-me derrotada, talvez até cilindrada.
enfim. depois ainda me chamam intolerante, e não sei quê
|| f., 19:49
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Colbert roasting Bush
Já muita blogosfera comentou este extraordinário momento de humor protagonizado por Stephen Colbert no jantar anual dos correspondentes da Casa Branca, presidido por Bush (imagens
aqui e transcrição do texto
aqui). Concordo com que o que
escreveu Ana Gomes sobre o ser anti-Bush - mas importa dizer que Bush não foi o único bombo da festa, os próprios jornalistas não se livraram de ser gozados à grande e à francesa.
Serve isto para perguntar: uma coisa daquelas seria cá possível? Humoristas de
qualidade há alguns. Mas haveria um Presidente da República disponível para a festa? Ou mesmo um outro político qualquer? Isso já duvido. Para a maior parte daqueles que conheço as festas do Contra-Informação são o limite do aceitável. Pior mesmo só terem de fazer campanha no Bolhão ou na Feira do Relógio (acho até que preferem). Remato à Pacheco Pereira, que remata sempre para o mesmo lado: a ausência em Portugal de um humor político de qualidade (o Contra-Informação é excepção, não regra) é só mais um sintoma do atraso cultural nacional.
|| JPH, 13:22
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Sombra (III)
Sim, claro, concordo inteiramente. Graficamente o
Sol é uma descarada cópia do
Expresso. Nessa medida é uma desilusão - não tanto porque o
Expresso seja mau graficamente (não acho que seja) mas porque revela do novo semanário incapacidade para ser original (e uma relação obsessiva com o jornal de Balsemão). Entre a cópia e o original, irei, evidentemente, pelo original. Mas a isto acrescento: num jornal o grafismo é sempre importante. Mas o decisivo, aquilo que verdadeiramente conta, é o conteúdo. Por isso, quanto ao
Sol, continuo como o ceguinho: a ver vamos.
|| JPH, 10:59
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dickinson, emily
uma palavra feita carne só rara
e estremecidamente se partilha
e nem assim dela se fala
mas se não me engano
cada um de nós provou
com êxtases de precaução
a comida apropriada
à nossa força específica
(a word made flesh is seldom
and tremblingly partook
nor then perhaps reported
but if have i not mistook
each one of us has tasted
with ecstasies of stealth
the very food debated
to our specific strength)
|| f., 00:16
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quinta-feira, maio 4
judiciosa suspeita
juro que não estou a inventar: há para aí um blogue onde o mesmo livro, com capa e preço e tudo, mais link para um site onde se pode encomendar pela net, já apareceu para aí umas vinte vezes, com intermináveis excertos reproduzidos com número de página assinalado mais longas tiradas elogiosas e sucessivas (embora não muito convincentes) negações de autoria por parte do anónimo/a bloguer.
é caso para ficar com a pulga atrás da orelha, lá isso é.
será falta de assunto (e de biblioteca)? será auto-plágio? será marketing envergonhado? será couve? será alforreca?
mais um caso para o super george!
ora, digo eu, a auto-citação não tem mal nenhum (desde que não se exagere, como certa jornalista que escreve neste blogue e ultimamente deu em criminosamente despejar aqui escritos de há décadas só para cumprir os mínimos estabelecidos pelo jóta pê). escusado é fingir que não: muito melhor a presunção assumida que a falsa modéstia. isso é que faz um bocado de impressão.
|| f., 21:39
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glória, glória aleluia
obrigada, jótapêagá. estava dar em doida com a cantoria. e, sobretudo, não conseguia disfarçar aqui no dênê de cada vez que abria o blogue. depois queixa-te de que as gajas não produzem. isto é tudo em open space, man
|| f., 21:36
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Última ceia
Ora aqui está uma coisa interessante. Eduardo Graça, do Absorto, colocou no seu blogue uma
fotografia do jantar de extinção do MES (Movimento da Esquerda Socialista), pedindo que o ajudassem a identificar os fotografados. Depois, no Tugir, Luis Novaes Tito
numerou a foto [aqui reproduzida], prosseguindo a identificação, também com a colaboração dos leitores do blogue. Se no 25 de Abril tivesse idade para ser politicamente alguma coisa, tinha sido do MES. Primeiro porque, segundo já percebi, não tinham como referência ideológica nenhum monstro totalitário, tipo Estaline ou Mao ou Pol Pot ou coisa assim; segundo - e principalmente - porque um partido que se extingue com uma jantarada só pode ter sido uma coisa divertida.
A identificação possível,
publicada no Absorto.
Aqui a foto ampliada mas sem numeração. O nosso mail (lá em cima, no logotipo) está ao vosso dispôr.
1.César de Oliveira;
2.Eduardo Ferro Rodrigues;
3.Paulo Bárcia (Didas);
4.Eduardo Duarte;
5.José António Vieira da Silva;
6.Carlos Figueiredo;
7.Sérgio (?);
8.Paulo Brito;
9.António Silva;
10.Fernando Ribeiro
11.Vítor Nogueira;
12.Emília Pereira de Moura;
13.Maria Luís Pinto;
14.José Elias de Freitas;
15.Margarida Guimarães;
16.Mila (?);
18.Paulo Trigo;
19.Celeste de Jesus;
20.Francisco Cal;
22.Joffre Justino;
26.Eugénia Cal;
27.Carlos Pratas;
28.António Ascensão Costa;
29.Teresa Pato;
32.José Lemos;
33.Amadeu Paiva;
34.Luis Félix;
37.Eduardo Graça;
38.Félix (?);
40.Nuno Ribeiro da Silva;
41.Julieta Mateus;
42.Leite Pereira.
|| JPH, 20:24
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À atenção de dear Ana
Pronto, Ana, já está. Agora já não dispara a música assim que se abre o blogue. Faço tudo o que me pedem quando usam o verbo
encazinar. Gosto, sei lá.
|| JPH, 19:56
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À atenção de dear JPH
Encazina-me abrir blogs que disparam logo música. Chateia-me que um desses blogs seja meu (nos intervalos da
greve). Acho embirrante que toda a gente esteja sempre a ouvir o que eu estou a fazer.
|| asl, 16:57
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Juramento de bandeira
[Foto: Inácio Rosa/Lusa]
Sim, o facto de se jurar bandeira assim de braço esticado, à maneira nazi, também me faz impressão, como ao
Miguel. Julgo que ainda há na tropa um trauma qualquer com o facto de no PREC se terem feito juramentos "revolucionários", de punho fechado. Eu jurei bandeira assim, nos idos de 1987, num quartel algures na Ajuda . Estava muito chateado. Estivémos uma hora formados ao sol (o juramento foi em Agosto) à espera que Sua Excelência o Marechal Spínola se dignasse aparecer, para presidir à puta da cerimónia. No momento de berrar o juramento, não me perguntem o que disse. Já não me lembro. Sei que fiquei de bem com a minha consciência. A ideia de morrer pela Pátria não me atraia por aí além. Depois deste
post já não posso ser Presidente da República.
|| JPH, 16:51
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|| (36) comments |
In vino veritas (II)
Sim, a mim também me chateia esse tique machista dos restaurantes de "
o gajo é que paga". Mas geralmente na mesa sou o único a ficar chateado.
|| JPH, 16:27
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Chico em Portugal
A notícia mais importante do dia vem na Sábado: Chico vem tocar a Portugal em Outubro. Estou aqui estou na bicha.
|| asl, 16:18
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Eu, uma pobre mulher tradicional...
... que nunca escolhe o vinho (deixa esse papel à dra. Fernanda Câncio ou a quem a substitua na mesa), sofro com as cervejas. A água com gás, cuja visão me lembra os dias de doença, é-me oferecida com deleite pelo funcionário que preside à função. Por uma razão que me escapa, o mundo começa a estar cheio de gente que bebe água com gás. Não sei se é estereótipo, mas preferia ver à frente um "dry martini".
|| asl, 16:09
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in vino veritas
absolutamente verdade,
isto. quantas vezes sou eu a escolher o vinho e este é dado a provar à minha companhia masculina, para depois ser eu, quando ele já mandou servir, a dizer que o dito está passado? (com quem serviu o vinho numa fúria, tipo 'olha-me esta armada em conhecedora -- se o senhor já provou!...')
pode ser a ideia de que as mulheres não percebem de vinho e só o debicam 'por arrasto', mas parece-me que é também o velho estabelecimento da cabeça de casal. o gajo é que manda, o gajo é que sabe, o gajo é que paga.
a não ser, é claro, que se trate de limpa vidros, electrodomésticos ou papas de bebé
|| f., 15:56
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quarta-feira, maio 3
mais um bocadinho
por isso posso
mesmo as audácias recordar sem culpa.
tudo o que fiz ou quis que me fizessem
o paguei comigo ou com dinheiro
|| f., 18:00
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mais sena
o minotauro compreender-me-á.
tem cornos, como os sábios e os inimigos da vida.
é metade boi e metade homem, como todos os homens.
violava e devorava virgens, como todas as bestas.
(...)
o minotauro compreender-me-á, tomará café comigo,
enquanto
o sol serenamente desce sobre o mar, e as sombras,
cheias de ninfas e de efebos desempregados,
se cerrarão dulcíssimas nas chávenas,
como o açúcar que mexeremos com o dedo sujo
de investigar as origens da vida.
|| f., 17:58
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sena
esse saber terrível de estar só no mundo
e não haver que valha a pena que se diga
|| f., 17:57
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sophia e sena, até não perceber
não li (ainda?) a correspondência entre sophia de mello breyner e jorge de sena. mas li
isto.
em tempos (1996/7?), falei com sophia sobre sena. estava a fazer um artigo biográfico sobre o escritor para a grande reportagem. estivémos horas a conversar na grande sala da sua casa da graça, enquanto ela fumava uns cigarros muito fininhos que a faziam tossir e que ela apagava num acesso de tosse seca para acender outro logo a seguir.
muitas coisas nela me espantaram e comoveram -- a leveza das mãos e das palavras, a limpidez assombrada do olhar, a incrível disponibilidade para falar sobre outra pessoa com uma jornalista qualquer.
sophia gostava de sena mas não colaborou no mito. ao contrário do que insistentemente se repete sobre ele, disse-me que o seu 'exílio' brasileiro e californiano se devera muito mais a dificuldades financeiras que a perseguição política. aliás, se ela e o então marido franscisco sousa tavares, notáveis anti-regime, nunca sairam de portugal apesar das visitas pidescas, por que havia sena de ter de sair por esse motivo?
falei com muitas outras pessoas: os amigos de sena que povoam sinais de fogo, colegas do curso de engenharia e da tropa, a empregada cavo-verdiana que o pai trouxe de uma das viagens de marinheiro mercante e que, da mesma idade do escritor, cresceu com ele, a mulher mécia, amigos literatos e outros. o título que escolhi era de um poema de sena (ao contrário do que se diz
aqui, acho-o um grande poeta): até não perceber.
o título, que não passou no crivo editorial da revista, foi-me sugerido por uma frase de sophia. falava sobre as biografias, as investigações sobre os escritores e outras personagens, o vasculhar dos baús, o dissecar póstumo da intimidade. 'para saber o quê? não há nada para saber'.
oscar wilde, creio que foi ele, escreveu sobre o biógrafo como o judas de serviço (e as novas/velhas teorias sobre judas, longe de desarranjarem a frase, encaixam-lhe na perfeição).
depois da publicação da reportagem, mécia de sena ligou-me numa fúria. achava que eu tinha querido denegrir o marido. tinha até uma tese esdrúxula sobre uma insinuação sobre a sexualidade do marido 'escondida' no texto. e disse-me que tinha ligado a sophia para a interpelar sobre o que dissera.
nunca mais falei com sophia e tenho pena, mas não tinha coragem para isso. é muito difícil abordar, por motivos não profissionais, certas pessoas. guardei-a nos passos de bailarina com que, ao abrir a porta de casa, me guiou ao seu jardim ('venha ver o meu jardim'), um imenso jardim com vista para o tejo desenhado por gonçalo ribeiro teles, e ali ficou, em pose, de cigarro a mão, a olhar para mim a olhar para ela no seu mundo. guardei-a nessa suave sabedoria, a de que os mistérios nunca se desvendam, a de que nunca perceberemos tudo. a de que a partir de um certo momento, de um certo nível de aprendizagem, de reflexão, de proximidade (ou de intrusão), se começa a desperceber o que se pensava ter percebido. e que isso é uma forma também de perceber, a mais perfeita: aquela que sabe que nada se percebe, e que se resigna com isso. sem deixar de tentar.
que é que isto tem a ver com as cartas? não sei bem. pode ser que tenham sido só um alibi para escrever sobre sophia e sena. ou que isto das cartas roubadas aos baús me tenha imposto a pergunta e a resposta dela. nada para saber, a não ser o que já sabíamos.
|| f., 16:59
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Breaking news!
Sobre o "caso" Bénard da Costa, tenho uma novidade a partilhar com a blogosfera: não tenho nenhuma opinião. É verdade. Nem uma, uminha, nada, nicles, népias, zero absoluto. Desculpem-me. Estou um bocadinho em estado de choque, confesso. Espero que me perdoem. Sei que não é habito não termos opiniões. Sei que é mal visto. Mas tinha de vir o dia, não era? Pois, certo como a morte. Perdão, mil perdões. Prometo que não se repete. Há algum Viagra para as opiniões?
|| JPH, 13:57
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Vira-se o feitiço...
Estão a ver? Esta história de fazer tudo com muita propaganda tem, de facto, os seus riscos. Ontem a PSP e o respectivo Governo encheram-se de ridículo com a mega-rusga anti-tráfico de armas no Bairro da Torre, em Lisboa. Resultado: 600 homens apreenderam 19 (por extenso: dezanove) armas. Bela produtividade, sim senhor. Imagino a fúria do ministro:
- Então ó sr. comandante, e não havia mais, tem a certeza?
- Tenho sim, senhor ministro. Rebuscamos tudo...
- Tudo mesmo?
- Tudinho...
- E facas, não havia?
- Como?
- Facas, homem, facas!
- Ó sr. ministro...enfim...sim...penso que sim...facas de cozinha, sei lá...devo confessar que nem perguntei...
- Pois, pois...
- Mas o senhor ministro queria que a busca incluísse facas? É que quando me falou em tráfico de armas não pensei...
- Pois não, pois não, deixe estar. Mas olhe, fazemos assim: da próxima vez que uma rusga não der nada, traga as facas também...assim os números aumentam...
- Todas as facas?
- Todas!
- As da manteiga, também?
- ...Não, essa deixe-as...
- E as de sobremesa?
- ...Sim...se tiverem cerrilha.
- Sim senhor ministro.
[Agora a sério. O Carlos Lima comenta
aqui esta operação com perguntas muito pertinentes. Deixo uma que exige resposta urgente: "
No meio de tanta excitação, não vi, nem ouvi, ninguém a queixar-se a violação do segredo de justiça (a operação é uma diligência à ordem de um inquérito), não reparei se a Procuradoria-geral da República emitiu algum comunicado a queixar-se de 'grossseiras violações do segredo de justiça'."]
|| JPH, 13:23
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Sombra (II)
Hoje o
Sol será apresentado às massas. Quero aqui dizer que, independentemente de todas as maluqueiras que o arquitecto Saraiva já disse e escreveu sobre os mais variados assuntos, não subestimo a sua capacidade para liderar um projecto jornalístico rentável - e mesmo nos tempos de crise que vivemos.
Só uma avestruz com a cabeça enfiada na areia daqui até à Nova Zelândia pode ignorar a obra do arquitecto no sucesso português de vendas que o
Expresso (ainda) é. Aliás, digo mais: nunca consegui perceber verdadeiramente porque é que o arquitecto foi corrido da direcção do semanário. Comungo das explicações conspirativas que ligam essa decisão de Balsemão à pacificação das relações entre o grupo Impresa e o Grupo Espirito Santo. Saraiva foi a moeda de troca para isso acontecer - mas, repito, isto é pura especulação.
Empiricamente falando, parece-me que, dado o estado pré-comatoso em que se encontra
O Independente e o crescente processo de acinzentamento do
Expresso, há espaço comercial para um novo jornal semanário. Tendo em conta a concorrência da
Visão e da
Sábado, acho também que a questão do preço desse novo jornal é importantíssima. Tem de ser baixo, necessariamente, porque será muito por aí que o novo semanário poderá roubar leitores aos produtos com quem irá concorrer.
Grande parte do povo leitor de jornais está hoje mais pobre do que há uns anos. Em tempo de crise, quando é preciso começar a cortar despesas, o jornalinho que se vai comprando está no topo da lista. Além do mais, os preços dos jornais em Portugal são absolutamente incríveis (caros, quero dizer). E portanto concorrer a sério, impor no mercado um produto novo, implica necessariamente abrir uma guerra de preços com os produtos já instalados. Não é por acaso que o arquitecto Saraiva tem sempre dito que a redacção do seu
Sol será curta. Não se consegue um preço baixo de venda sem custos de produção igualmente baixos. Segundo o que o arquitecto já anunciou, o seu novo semanário custará dois euros (o
Expresso custa três).
Dito isto, só receio que o arquitecto engrende uma coisa assim a meio caminho entre o tablóide e o chamado jornal de referência - e sabe-se que ele não esconde a sua admiração por produtos tablóide. Nada mais condenado ao fracasso do que as meias-tintas. Recordo, por exemplo, que o
24 Horas só começou a descolar quando se decidiu definitivamente por um caminho (no caso, o do jornalismo tablóide). Portanto, se o
Sol tiver de ser alguma coisa, que seja mesmo só uma - e não duas ou três ao mesmo tempo.
Quanto ao resto, o costume: não há ninguém que se torne cliente de um jornal se este não lhe disser coisas que ele antes não sabia. Coisas que se chamam notícias. Ou, se preferirirem, novidades. Ou ainda, na gíria jornalística,
cachas. É nisto que tudo o resto deve assentar.
[O arquitecto explica hoje o seu
Sol aqui]
|| JPH, 11:34
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Sombra
Sim, sim, v.exas. podem rir até cair para o lado com o arquitecto Saraiva, director-fundador do putativo novo
Sol. Sim, sim, eu próprio já o fiz (está algures nos arquivos aqui do Glória). Mas ele há uma coisa que não podemos deixar de reconhecer, por muito que isso nos custe: o
Expresso piorou desde que o arquitecto de lá saiu. Mantém o problema de credibilidade; e ficou mais cinzento. Direi mesmo: está uma sombra do que foi. Essa é que é essa.
|| JPH, 11:12
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terça-feira, maio 2
Obrigado Ricardo. Obrigado Sporting
Doravante, tudo será diferente. É este o orgulho que os sportinguistas devem sentir e partilhar. Mais uma vez o seu clube contribuiu decisivamente para aumentar brutalmente - custe a quem custar, há que dizê-lo - os nossos critérios de exigência. Subitamente, sem aviso prévio, emergimos da longa noite da mediocridade futebolística. Agora sabemos o que é um verdadeiro frango.
Ao pé daquilo todos os Baías e Morettos ficam desculpados. Percebemos agora, estupefactos, como temos sido pouco exigentes e enganados. Eram frangos amadores, frangos de quem não se aplica, frangos quase displicentes, preguiçosos, frangos que reflectem um profundo desprezo dos seus autores pelas respectivas massas associativas, frangos sem categoria, frangos calões.
Nenhum outro guarda-redes da Primeira Liga dedicou à mui nobre arte do frango o suor que o Ricardo lhe dedicou. E isto, claro, não é só pelo Ricardo ser quem é; é também pelo clube cuja camisola defende, o Sporting. Diria mesmo: um frango daqueles não seria possível noutro clube. Só um clube como o Sporting exige aos seus guarda-redes um tal nível de esmero. Já tinhamos os cinco violinos. E agora
o frango. Uma estátua é o mínimo. Mas eu preferiria um museu. De preferência interactivo: quem conseguisse sofrer um frango assim ganhava um lugar cativo. Vitalício.
Nada voltará a ser como dantes no mundo dos frangos. Nos minutos que se seguiram fiquei prostado no sofá, sem saber o que dizer nem fazer. E só me ocorreram três imagens: cientificamente, foi a revolução copernicana do frango; politicamente, o 25 de Abril dos frangos; religiosamente, a estrada de Damasco dos frangos. Lembrei-me, como não podia deixar de ser, dos versos de Sophia:
Este é o frango que eu esperava
O frango inicial inteiro e limpoSim, é de frangos assim, "inteiros e limpos", que eu gosto. Ei-lo então, em apenas quatro palavras: esforço, dedicação, devoção e glória.
Obrigado Ricardo. Obrigado Sporting.
|| JPH, 19:54
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Nota aos ouvintes
Passada a quadra revolucionária voltemos às coisas sérias. Já cá roda, nesta gloriosa grafonola, o maravilhoso - e muito actual - Pay Me My Money Down, incluido no tributo a Pete Seeger que Bruce Springsteen acabou de lançar.
|| JPH, 18:02
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jotapêagá, pá
o teu template ou lá comoéquistosechama está a coarctar-me a criatividade titular. quero poder escrever títulos grandes. quero poder dar largas à largueza. para contar batidas já me bastam os do dênê
|| f., 16:57
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grandioso plano de combate à inclusão passa por lançamento de semanário
olha o sol que vai nascendo anda ver o mar
os meninos vão correndo ver o sol chegar
menino sem condição irmão de todos os nus
tira os olhos do chão
vem ver a luz
(bairro negro, zeca afonso)
|| f., 16:52
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iupiiiiii
não há nada como fins de semana de meninas.
sol, passa aí o piz buin, mais sol, um mergulho, mais sol, conquilhas, caipirinhas, mais um mergulho, olha essas havaianas são as minhas ou as tuas, tás a ler o quê, passa o aprés soleil, dourada escalada, conversa de gajas, risota, sol, mergulho, passa o clarins anti rugas, que pano lindo onde compraste, tás óptima, mergulho, sol. repeat.
ah, e celebrar o 1º de maio numa tasca de moscavide a comer caracóis.
|| f., 16:36
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olha olha
quer dizer, ana, que não tens estado em greve?
|| f., 16:35
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